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Saldo do agronegócio paulista atinge US$ 7,22 bilhões em nove meses

<p>Nos primeiros nove meses de 2006, o desempenho paulista, tanto do agronegócio quanto da balança comercial total, foi duas vezes melhor que o do país.</p>

Redação (26/10/06) – É o que aponta estudo realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A pesquisa, que relaciona os resultados do comércio exterior no período janeiro setembro de 2006 ao mesmo período do ano anterior, indica que o saldo do agronegócio de São Paulo nestes primeiros nove meses, cresceu 16,5%, enquanto o superávit nacional aumentou pouco mais de 8%. Na balança comercial total o Estado repetiu a dose e aumentou o saldo em 8,2% enquanto o brasileiro subiu 4,1%.

De acordo com o Instituto, de janeiro a setembro, os embarques do agronegócio paulista atingiram US$ 10,39 bilhões e, como as importações somaram US$ 3,17 bilhões, o setor atingiu superávit de US$ 7,22 bilhões.

Com os bons resultados do setor agropecuário, a balança comercial total do Estado de São Paulo registrou, nos primeiros nove meses, superávit de US$ 6,17 bilhões, resultante de exportações no valor de US$33,33 bilhões e importações de US$27,16 bilhões.

Segundo os pesquisadores do IEA, no mesmo período, o valor das exportações do agronegócio brasileiro cresceu 9,9%, atingindo US$ 37,91 bilhões (37,6% do total) e o das importações do aumentou cerca de 14%, somando US$ 8,38 bilhões (12,6% do total), o que gerou superávit de US$ 29,53 bilhões, valor 8,6% superior ao de janeiro a setembro do ano anterior.

Principais cadeias do agronegócio De acordo com o estudo, os principais agregados de cadeias de produção paulista nas exportações do agronegócio paulista de janeiro a setembro de 2006 foram: cana e sacarídeas (US$ 3,83 bilhões); bovídeos (US$ 1,95 bilhões); produtos florestais (US$ 1,17 bilhão); frutas (US$ 1,05 bilhão) e bens de capital e insumos (US$ 580 milhões), que juntos perfazem 82,6% das exportações setoriais paulistas.

No caso do Brasil, os principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio foram: cereais / leguminosas / oleaginosas (US$ 8,29 bilhões); produtos florestais (US$ 6,09 bilhões); bovídeos (US$ 5,57 bilhões); cana e sacarídeas (US$ 5,15 bilhões) e suínos e aves (US$ 3,21 bilhões), que no conjunto totalizam 74,7% dos embarques nacionais do agronegócio.

Volume e Preço De janeiro a setembro, a quantidade dos produtos do agronegócio exportada pelo Brasil recuou 0,5%, quando comparada com a de igual período em 2005. Queda mais acentuada ocorreu com os produtos paulistas que diminuiu 9,1%.

Segundo os pesquisadores do IEA, os preços internacionais compensaram este decréscimo no volume físico das exportações. O aumento de preços dos produtos do agronegócio foi de 10,4% no âmbito nacional e de 28,4% no paulista.

“O diferencial dos embarques paulistas fica por conta da agregação de valor da nossa agroindústria”, afirma o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Alberto Macedo.

Cerca de 54,6% do valor das exportações do agronegócio, nos primeiros nove meses de 2006, corresponderam, em nível nacional, a produtos industrializados (manufaturados e semimanufaturados) e 45,4% de produtos básicos. No Estado de São Paulo, a participação de produtos do agronegócio industrializados foi muito maior. O conjunto de produtos industrializados respondeu por 89,2% do total dos embarques do agronegócio paulista, evidenciando, segundo o IEA, índices superiores de agregação de valor.

Os dados completos sobre o desempenho da balança comercial do agronegócio paulista de janeiro a setembro levantamento estão disponíveis no site do Instituto: www.iea.sp.gov.br .