Redação (29/05/06) – De acordo com o presidente da entidade, Wolmir de Souza, os produtores estão perdendo próximo de R$ 1 por quilo.
O preço atual sem tipificação pago pelas agroindústrias é de R$ 1,50, contra R$ 2 no início do embargo e R$ 2,50 em novembro de 2004. Mas os produtores independentes estão recebendo R$ 1 por quilo.
Souza disse que o abate catarinense de 500 mil suínos mês, a 100 quilos cada, dá 50 milhões de quilos. Como a perda é de R$ 1 o quilo, são R$ 50 milhões por mês que deixam de entrar no bolso do produtor.
Isso sem contar a redução de abate que está represando animais no campo. O abate que era de 563 mil cabeças em março caiu para 464 mil em abril. São 100 mil suínos represados no campo.
Produtores como Jair Comin, de Concórdia, tem suínos com 200 quilos, que está comercializando a R$ 1,00 ao quilo. Pedro Zimmer, de Chapecó, chegou a ficar com animais 170 dias, quando o normal era 110 a 120 dias. Souza tem a expectativa de que as exportações sejam retomadas dentro de um mês, para normalizar a situação.
Governo acredita em retomada breve
Ele conversou com o secretário Felipe Luz, que esteve em Moscou na semana passada, onde conseguiu uma audiência com o vice-ministro da Agricultura da Federação Russa, Sergey Mitin.
O secretário ficou com a impressão de que Santa Catarina voltará a vender para os russos num prazo relativamente curto.
Mas não nos mesmos volumes do ano passado, quando foram exportadas 400 mil toneladas somente de Santa Catarina. A cota para este ano é de 100 mil toneladas.
Felipe Luz propôs um acordo de cooperação técnica que foi bem recebido pelas autoridades russas. Pelo acordo, Santa Catarina auxiliaria com técnicos no desenvolvimento de manejo e genética da produção de suínos na Rússia.
Em contrapartida o estado continuaria sendo um dos principais fornecedores do produto. A proposta é criar um canal de confiança para evitar os freqüentes embargos que prejudicam a economia catarinense.