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Seca eleva custo da suinocultura

Estiagem ampliará gastos do produtor com alimentação suína.

Redação SI 22/03/2004  – 05h17 – A probabilidade de alta do preço do farelo de soja, proteína fundamental na alimentação suína, é, por enquanto, o único efeito da estiagem na suinocultura. A análise é do assistente regional da Emater de Passo Fundo, Nildo Formighieri. Quanto ao milho, alerta, os reflexos serão sentidos no próximo semestre, quando o preço da saca deve subir dos atuais R$16,50 para até R$ 23,00. “Por enquanto ainda há milho disponível da safra do cedo, que escapou da seca.” O agrônomo lembra que, tradicionalmente, o produtor gaúcho não cultiva o cereal na safrinha, tendo que adquirir no Paraná ou no Mato Grosso, que devem repassar para os preços as perdas com a estiagem.

Na avaliação do presidente da Acsurs, Gilberto Moacir da Silva, os preços já começaram a reagir, chegando a até R$ 20,00 em algumas regiões. Do total produzido no Rio Grande do Sul, ressalta, 18% são plantados na safrinha. “Tem suinocultor que produz seu próprio milho, plantou mais tarde e perdeu tudo. Para adquirir o produto terá que pedir financiamento do custeio junto a instituições bancárias.”

A estiagem e seus efeitos serão tema da reunião da Câmara Setorial do Milho marcada para hoje na Secretaria da Agricultura do Estado, que terá a participação de representantes da Conab/RS, Fecoagro e Emater/RS, “Os produtores estão em alerta. Mais para o final do ano essa seca poderá acarretar em aumento no custo de atividade”, alerta Formighieri.