Redação SI (25/07/06)- A irlandesa AgCert promove um Seminário Público em Campinas (SP), na próxima quarta-feira (26-07), para apresentar um modelo exclusivo de projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), em conformidade com o Protocolo de Quito, que está sendo implantado no país.
No evento, David Vanni Jacob, gerente de operações ambientais da AgCert, apresentará os projetos já implantados em diversos estados do Brasil e que agora poderão beneficiar também a suinocultura do estado de São Paulo, por meio da implementação de novas práticas de manejo de dejetos em granjas de suínos.
Além de se habilitar para gerar os créditos, essas propriedades passam por grande transformação relacionada à higiene, o que diminui o impacto ambiental negativo, atende às exigências dos órgãos ambientais e melhora as condições sanitárias do rebanho e a qualidade de vida dos moradores. Com centenas de parcerias em todo o país, a AgCert pretende ampliar a sua atuação em projetos de redução de gases do efeito estufa.
O MDL da empresa consiste em modificar, por meio de biodigestores, o manejo de dejetos dos suínos e capturar o gás metano produzido pelas fezes em decomposição que, normalmente, é liberado diretamente na atmosfera. “Basicamente desenvolvemos um sistema fechado com uma lona especial, impedimos a saída do gás e o queimamos em um flare que o transforma em carbono”, explica Josefa Garzillo, gerente de novos negócios da AgCert no Brasil.
O carbono é 21 vezes menos poluente que o metano. No mecanismo, existe um gasômetro que mede a quantidade de gás queimado e a qual serve de parâmetro para calcular os créditos de carbono gerados. Além dos créditos, Josefa Garzillo lembra que o MDL traz outros benefícios.
Com a instalação de um gerador no sistema, é possível produzir eletricidade. As vantagens também passam pelo estímulo à exportação. Na parceria com os suinocultores, a AgCert fica responsável por todo o investimento na construção e manutenção da infra-estrutura dos biodigestores, além de ajudar nas documentações.