Redação (13/02/07) – Com previsão para início da obra em 2008, a filial da empresa norte-americana deve entrar em funcionamento em 2009 e terá capacidade instalada para abater dois mil animais por dia. Nesse estágio deverão ser gerados mil empregos diretos e outros três mil indiretos. A proposta do grupo é trabalhar em conjunto com os produtores rurais da região, dando aos mesmos participação nos lucros da venda da carne, que terá como destino o mercado internacional.
Representantes do grupo norte-americano apresentaram a proposta de negociação a Márcio Sena, presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Segundo ele, a empresa tem projeto aprovado e vai produzir sob encomenda especificamente para o mercado externo. Os produtores participarão da administração e vão ter informações de todas as negociações feitas desde o momento em que o boi entra no frigorífico até a hora em que a carne é vendida em outro país.
O projeto pretende atender à demanda no consumo mundial de carne bovina. E o Brasil foi considerado ideal, devido à disponibilidade de recursos naturais e baixo custo de produção. Para os produtores, o grande diferencial é a lucratividade, visto que serão rompidas algumas etapas do processo de comercialização do produto.
De acordo com Márcio Sena, o projeto deve contar com quatro tipos de parceiros: o externo, que é a Suldesty, cuidando da distribuição da carne no mercado externo; a Companhia Administradora de Negócios Agrícolas do Brasil (Finagro), que cuidará da viabilidade financeira do projeto; a unidade frigorífica e os produtores. Essa empresa americana trabalha com exportação de carnes há quase 50 anos, destaca Márcio Sena.
Ele se mostra empolgado com a possibilidade de os produtores terem participação no lucro e acrescenta que, depois de instalado, o frigorífico terá capacidade para abater dois mil animais por dia. Conforme José Magno Pato, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Goiás, o projeto é para uma empresa de grande porte.
Ele afirma que para abater dois mil animais por dia, serão gerados cerca de mil empregos diretos. Tendo em vista que cada posto de trabalho direto na indústria gera outros três, devem ser criados quatro mil empregos em um município que, como mostram dados da Secretaria de Planejamento, possui aproximadamente seis mil habitantes.
Antes de ser colocado em prática, o projeto será debatido com os produtores. Márcio Sena afirma que a proposta inicial é trabalhar com pecuaristas instalados em um raio de 300 km de Serranópolis, abrangendo propriedades de municípios como Chapadão do Céu, Aporé, Tarumã e Mineiros.
Confira o papel de cada um dentro da parceria
Parceiro comercial
Oferecer a estrutura logística e distribuir o produto no mercado interno. Também deve oferecer ao produtor informações sobre os parâmetros de qualidade e demanda do mercado internacional.
Frigorífico
Será responsável por operar e manter o confinamento Suldesty, a indústria e a logística, oferecendo insumos necessários e assistência técnica e científica para a cadeia produtiva da carne.
Produtor
Caberá ao produtor a produção da matéria-prima com o uso de insumos de origem conhecida e certificada livre de aditivos hormonais e antimicrobianos. Eles terão a vantagem de contar com participação nos lucros do frigorífico.
Finagro
A Companhia Administradora de Negócios Agrícolas do Brasil (Finagro) se responsabilizará por elaborar o estudo técnico e econômico do projeto, proporcionar mecanismos de financiamento através da integração com seguradoras, fundos de investimento, centros de pesquisa e parceiros comerciais.