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Setor de máquinas ''soluça'', mas segue em expansão

<p>As indústrias de máquinas agrícolas registraram pequena queda nas vendas de tratores e colheitadeiras no mercado interno em abril, mas ainda assim encerraram o primeiro quadrimestre do ano com crescimento em relação ao mesmo período de 2006, de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).</p>

Redação (08/05/07) – Em abril, as vendas tiveram redução de 3,8% em relação a março, totalizando 2.907 unidades. O número, no entanto, é 41,1% superior ao registrado em abril de 2006 – um dos piores meses para o setor na safra 2005/06. No período de janeiro a abril, as vendas aumentaram 28,7%, totalizando 10.135 unidades. "A redução de abril não retrata a situação do mercado. É mais uma questão de prazo de entregas das indústrias às revendedoras do que qualquer sinal de desaquecimento", afirmou Milton Rego, vice-presidente da Anfavea. 

Ele ponderou que o primeiro quadrimestre de 2006 foi muito ruim e, por isso, a alta próxima a 30%. Para o ano, o setor projeta crescimento de 25%, para 32 mil unidades – número ainda considerado baixo pelo setor, próximo do alcançado em 2000, no início do Moderfrota. Conforme Rego, houve recuperação nas vendas, especialmente em regiões próximas aos portos, onde os agricultores conseguem melhor rentabilidade, como Paraná, Bahia e Maranhão. 

No quadrimestre, as vendas de tratores de rodas cresceram 36,5%, para 8.104 unidades, impulsionadas pela retomada dos setores de grãos e pelo aumento de vendas para os setores de café, citros, algodão e sucroalcooleiro. As vendas de colheitadeiras, por sua vez, aumentaram 75%, para 763 unidades. Rego observou que boa parte dessa expansão deve-se às vendas para as usinas de cana-de-açúcar. A expectativa é que as vendas de colhedoras de cana cresçam 40% em relação a 2006, para 350 unidades. A produção no quadrimestre cresceu 14,5%, para 17.402 unidades. 

As exportações de máquinas agrícolas totalizaram 2.146 unidades em abril, volume 7,7% superior ao registrado em março e 9,5% maior que os embarques feitos no mesmo mês do ano passado. No quadrimestre, as vendas externas totalizaram 7.009 unidades, o que representou uma redução de 5,8% em relação ao mesmo intervalo de 2006. "Os embarques continuam crescendo, mas as indústrias perdem competitividade no exterior por conta do real valorizado em relação ao dólar", disse Rego.