Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado Interno

SIF tira competitividade de agroindústria avícola

Segundo entidade, funcionários servem governo mas são pagos pelas empresas.

SIF tira competitividade de agroindústria avícola

As agroindústrias avícolas têm perdido competitividade, em virtude dos custos de manutenção do Serviço de Inspeção Federal (SIF) nas plantas frigoríficas. A avaliação é do presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, que discutiu o assunto ontem (4/12), com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, em Brasília (DF).

Conforme Turra, as empresas são obrigadas a manter todos os funcionários que servem os fiscais federais agropecuários que atuam em cada uma das plantas brasileiras. Ele informou em comunicado que são cerca de 9 mil funcionários a serviço do governo, mas que são pagos pelas agroindústrias, gerando um custo anual acima de R$ 200 milhões. “São custos que influenciam negativamente o desempenho do nosso setor”, ressaltou.

O presidente da Ubabef também deverá dividir com Andrade a preocupação com a retenção de recursos direcionados à defesa agropecuária. A medida tem reduzido não apenas o número de fiscais dedicados à avicultura, como também o deslocamento e a estadia destes profissionais no acompanhamento de missões internacionais que visitam o Brasil para habilitação de plantas.

Turra pedirá, ainda, apoio do ministro Andrade para a abertura de um painel que o Brasil deverá mover contra a Indonésia, na Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo ele, a Indonésia é um mercado importante, com grande potencial, mas que está fechado para o Brasil por justificativas não aceitáveis no âmbito da OMC.

OIE – Nesta quinta-feira (05/12), a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) vai entregar para validação o relatório final de instalação do projeto-piloto e de compartimentação do setor à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês). A expectativa é que a aprovação do órgão ocorra nas próximas semanas.

O projeto consiste na estruturação da produção de aves em compartimentos, que mapeiam e isolam plantas e estruturas das granjas. Segundo a Ubabef, a divisão da produção pode proporcionar uma reação mais rápida ao controle de eventos epidemiológicos.

De acordo com a entidade, os estudos para a instalação do programa começaram em 2008. Cinco unidades produtoras – uma da BRF (em Mato Grosso), uma da Seara-JBS (em Santa Catarina) e três da Cobb-Vantress (em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais) – participaram da iniciativa, e hoje estão compartimentadas. Todas as adequações propostas pelo programa foram auditadas por missões da própria OIE.

“Este projeto é um seguro contra suspensões do comércio internacional e coloca a avicultura brasileira em um nível que nos permite afirmar que detemos um dos melhores status sanitários do planeta. Pensamos proativamente para garantirmos nossa rápida reação contra eventuais problemas nos plantéis. Dessa forma, asseguramos nossa produção, nossas exportações e nossa sanidade, um dos maiores bens da avicultura nacional”, afirmou o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, em nota.

A entrega do documento será feita pelo diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e presidente da Comissão Regional da OIE nas Américas, Guilherme Marques, ao diretor geral da OIE, Bernard Vallat, em encontro em Foz do Iguaçu (PR). Também participarão da reunião Francisco Turra e o diretor de produção da Ubabef, Ariel Antônio Mendes.