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Situação difícil

Crise da Chapecó afeta suinocultores de Santa Rosa (RS).

Redação SI 11/09/2003 – A crise enfrentada pela Chapecó Alimentos afeta diretamente a região de Santa Rosa (RS), município onde a empresa mantinha uma unidade de abate de suínos, até fevereiro deste ano. A venda do frigorífico é a esperança dos suinocultores da região.

A paralisação das atividades na unidade de Santa Rosa provocou a redução no plantel de suínos em cerca de 30%, de acordo com o presidente da Associação de Suinocultores da cidade, Vitor Daniel de Conti. “Cerca de 10 mil trabalhadores foram prejudicados pela desativação”, estima Conti.

Em Santa Rosa, eram abatidos 2 mil animais por dia, 20 dias por mês. O município deixa de receber em torno de R$ 500 mil, referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), segundo dados da Secretaria Municipal da Fazenda. Os danos à economia da cidade só não foram piores graças às safras de trigo e soja. “Nos dois últimos anos, as colheitas foram muito boas, e o fortalecimento recente da agricultura brasileira nos beneficia no setor de máquinas. A região tem duas grandes indústrias do setor, a John Deere, em Horizontina, e a AGCO, em Santa Rosa. São nelas que muitos desempregados do frigorífico têm conseguido recolocação”, disse o vice-prefeito da cidade, Artur Lorentz.

Somente em junho, mais de 400 pessoas foram demitidas pela Chapecó. Outro grupo de 180 funcionários foi desligado do frigorífico em janeiro. Entre os produtores, o maior dano é o risco de abandonarem permanentemente a criação de suínos. “Muitos ficaram sem receber por um tempo e pararam de produzir. Agora, esses suinocultores têm dificuldades de voltar ao negócio devido à crise enfrentada. O fechamento da Chapecó tem conseqüências sociais e econômicas”, avaliou o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Estado (ACSURS), Gilberto Moacir da Silva.