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SP: indústria prevê alta de 1,7% nas vendas de rações em 2006

<p>Mesmo com a crise do frango, o setor é otimista nas previsões.</p>

Redação AI (23/03/06)- Apesar da queda momentânea das exportações de carne de frango, o setor fabricante de rações estima que o consumo forrageiro pela avicultura irá crescer 1,7% em 2006. A projeção é de que o consumo total atinja 27,234 milhões de toneladas, contra 26,771 milhões de toneladas registrado no ano passado, sendo a projeção mais recente do Sindicato da Indústria de Alimentação animal (Sindirações).

Os dados foram apresentados hoje durante reunião da Câmara Setorial do Milho da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulão. A reunião foi realizada na sede da Associação Paulista de Avicultura (APA), na Capital.

Segundo João Prior, secretário-executivo do Sindirações, está havendo redução no consumo neste primeiro semestre, que deve ser retomado nos últimos seis meses do ano. Os números do Sindirações apontam que a avicultura de corte deve consumir 10,934 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano, contra 11,138 milhões em igual período de 2005. Já a avicultura de postura terá leve incremento, atingindo consumo de 2,015 milhões de toneladas, contra 1,938 milhão de toneladas. “O que estamos assistindo é uma redução no alojamento de pintos de corte”, explicou João Prior.

Ele afirmou que deve ocorrer com a avicultura um processo semelhante ao que se observa na pecuária de corte. Prior explicou que houve redução no consumo de rações por parte da pecuária de corte no final do ano passado, mas há uma expectativa de retomada nos próximos 90 dias. O motivo da queda no consumo foi a crise sanitária decorrente do surgimento de focos de aftosa. “A doença não impediu as exportações, mas atrapalhou e os principais prejudicados foram os criadores de bovinos. Como resultado, eles reduziram a suplementação alimentar, o que teve impacto nas vendas de rações.”

Para o secretário-executivo do Sindirações, o mercado interno brasileiro deverá amortecer o impacto das perdas. Segundo ele, o aumento de crédito aos consumidores de baixa renda permitiu já no ano passado que ocorresse um aumento nas vendas de alimentos. “Como os empréstimos sendo canalizados para as compras de bens de consumos duráveis, sobrou mais dinheiro para este consumidor empregar nas compras de carnes. Por este mesmo raciocínio, Prior acredita que o consumo de proteína animal será firme em 2006. “Além do efeito deste crédito continuar existindo, há interesse em um ano eleitoral em promover um aumento do PIB”, avaliou.

Prior notou que o aumento do consumo de rações será superior, proporcionalmente, ao crescimento da demanda por milho pelo setor. “Estamos notando nos últimos anos, que há uma crescente substituição do milho por outros grãos, como o sorgo, trigo e triticale”, explicou. A projeção do Sindirações é que o consumo de milho e 2006 atinja 28,141 milhões de toneladas, ante 27,237 milhões de 2005.