Redação SI 10/11/2004 – Clair Dariva, cria suínos há 30 anos, em Chapecó no oeste do Estado. Integrado a uma agroindústria tem na propriedade seis mil animais.
“No ano passado, por volta dessa época, recebíamos R$0,87 mais a tipificação. Este ano, estamos recebendo R$2,20 mais tipificação. É o preço que estamos recebendo pelo suíno que é levado para o abate no frigorífico”, diz seu Clair.
Segundo o Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina é cerca de 17% maior do que o do ano passado.
Segundo as indústrias, a melhoria dos preços pagos ao criador tem haver com o bom momento que o Brasil está vivendo nas exportações.
O Brasil exportou nos 9 meses deste ano cerca de 370 mil tonelada de carne de porco, praticamente o mesmo período do ano passado. Em compensação, o dinheiro obtido com essas vendas foi bem maior.
“No mercado internacional as carnes, em geral, subiram de preço, as bovinas, suínas, aves, em função dos acidentes sanitários que ocorreram como a gripe aviária, a vaca louca, no Canadá e nos Estados Unidos, então, houve um aumento de preço de maneira geral, mas também na carne suína o Brasil está exportando, saindo da carcaça que era um valor mais baixo para cortes que é um valor agregado mais alto. Esses dois aumentos explicam termos subido a receita com a mesma tonelada”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras.
O aumento na receita com as exportações foi de 38%. Nesse período, o Brasil exportou para 79 países, 20 deles pela primeira vez.
O bom desempenho acontece apesar do embargo russo às carnes brasileiras, em vigor desde setembro.