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Mercado Interno

Suíno ganha espaço na mesa do brasileiro com alta do boi

Nos supermercados, já possível perceber o movimento de transferência do consumo. Outro fator positivo é a proximidade do final de ano, onde o consumo de carnes aumenta bastante.

O suíno está ganhando espaço na mesa do brasileiro com a alta do preço da carne vermelha, mudando o hábito dos consumidores. Nos supermercados, já possível perceber o movimento de transferência do consumo, com as carnes brancas ganhando espaço na mesa dos brasileiros. A arroba do boi gordo subiu 14% somente em outubro e acumula valorização anual de mais de 50%, conforme o Centro de Pesquisa em Economia Apliada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP). Impulsionadas pelo boi, proteínas tradicionalmente mais baratas, como o frango e o suíno também subiram de forma expressiva. Além disso, à medida que se aproxima o final do ano, o consumo de carnes tende a crescer com o pagamento do décimo terceiro salário e bonificações.

Com a alta do preço no mercado nos últimos meses os criadores de suínos em Minas Gerais estão otimistas. O valor pago atualmente pelo quilo do animal vivo está 25% maior do que no mesmo período do ano passado. Embora o custo de produção tenha aumentado nos últimos meses, o que está agradando aos suinocultores é o valor que recebem pelo quilo do suíno vivo, que atualmente está sendo comercializado na região por R$ 3,50, como informou a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

De acordo com o presidente da Cooperativa dos Suinocultores de Patos de Minas, o setor vive um bom momento, principalmente, por causa da maior presença da carne de porco na mesa dos brasileiros. “A população está consumindo mais, a economia está pujante e isso está fazendo com que o preço se mantenha em patamares mais elevados”, explicou Cláudio Nasser.

O mesmo cenário se repete em Santa Catarina, onde os suinocultores independentes têm recebido R$2,95 pelo quilo vivo do suíno, valor R$ 0,05 a mais que na semana anterior, segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS).

Como reflexo da grande comercialização de carne suína, o estado de São Paulo também apresentou mudanças nos últimos meses. Nesta semana, a bolsa de suínos do estado vendeu 6.890 animais entre R$ 63,00 e 65,00/@, o equivalente a R$ 3,36 e R$ 3,46 o quilo do suíno vivo, respectivamente.

Declarações

“O mercado no Mato Grosso está bastante favorável, com o aumento no valor de comercialização do quilo do suíno no estado, o produtor está colocando o animal no mercado sem dificuldade. O aquecimento nas vendas nos estados de São Paulo e Minas logo irá refletir no preço pago ao produtor daqui”.

Acrismat

“O atual momento da atividade é motivo de comemoração, pois o mercado não só reagiu como tem se mantido aquecido nas últimas semanas. Com o mercado interno fortalecido e a demanda de animais em alta nossa perspectiva é que o cenário se mantenha favorável até o final do ano”.

José Arnaldo Cardoso Penna, presidente da Asemg

“O mercado do Paraná segue bastante positivo, com os valores de comercialização do suíno atendendo a necessidade do produtor. Aguardamos que aqui no sudoeste do estado os preços se mantenham para a próxima semana”.

Jacir Dariva, presidente da Associação Regional de Suinocultores do Sudoeste do Paraná (ARSS)