Os suinocultores estão experimentando um aumento significativo no poder de compra devido às altas nos preços do suíno vivo posto na indústria e às quedas consecutivas nos valores dos principais insumos utilizados na nutrição dos animais, como milho e farelo de soja. De acordo com um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a demanda crescente por carne suína no início deste mês tem sustentado os valores do animal vivo, levando os frigoríficos a buscar novos lotes de animais para abate.
No mercado de milho, a Equipe Grãos/Cepea relata que o desenvolvimento das lavouras de segunda safra está satisfatório e as estimativas oficiais indicam uma colheita recorde do cereal em 2022/23. Essa perspectiva tem tornado os vendedores mais flexíveis nos valores de negociação, enquanto os compradores adiam suas aquisições, aguardando possíveis desvalorizações mais intensas.
No caso do farelo de soja, também conforme a Equipe Grãos/Cepea, parte dos suinocultores e avicultores consultados pelo Cepea afirmam estar abastecidos para o médio prazo, enquanto outra parcela indica ter feito contratos de longo prazo, eliminando a necessidade de adquirir novos volumes.
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Essa conjuntura favorável, com preços mais altos para o suíno vivo e valores mais baixos dos insumos, está impulsionando o poder de compra dos suinocultores neste mês de maio. Os produtores estão encontrando uma janela de oportunidade para melhorar seus resultados financeiros, aproveitando a maior demanda por carne suína e as condições favoráveis do mercado de insumos.
