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Suinocultura começa reagir em MT

Recuperação do preço da carne suína recompõe um pouco da perda que os produtores vinham tendo.

Redação SI 19/11/2003 – 04h35 – Após amargar 20 meses de prejuízos, a suinocultura, começa a reagir. Em Mato Grosso, com um plantel estimado em cerca de 50 mil matrizes, a elevação dos preços dos insumos, principalmente do milho e do farelo de soja, também tornaram a atividade pouco atrativa. Para cada quilo vivo do suíno os prejuízos para o suinocultor mato-grossense oscilaram entre R$ 0,30 e R$ 0,35. Mas em julho, os preços passaram de R$ 1,45, para os atuais R$ 1,95 a R$ 2. Essas cotações são para cada quilo do animal vivo e que devem ser mantidas nos próximos meses.

Durante este período (20 meses), o suinocultor contabilizou números negativos, gastava cerca de R$ 1,72 de custo de produção para cada quilo vivo (o animal pesa em média 100 quilos), enquanto o mercado pagava cerca de R$ 1,45 pelo quilo vivo.

Mas a crise no setor nacional fez com que muitas matrizes fossem abatidas, os reflexos dessa ação repercutem hoje no mercado: existe mais procura do que oferta, e com isso as cotações reagem. Para 2004 as estimativas são que de os preços do quilo vivo se mantenham, o que sinaliza um bom cenário para a atividade até julho de 2004. “Isto se os custos de produção se mantiverem nos níveis atuais”, pondera o gerente administrativo da Acrismat, Custódio de Castro Júnior.

Para tornar as perspectivas do setor positivas para o próximo ano, a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), por meio do Fundo de Desenvolvimento de Suinocultura (FDS) e do Comitê de Desenvolvimento de Suinocultura do Mato Grosso (CDSMT), realizam nos dias 27 e 28, no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), a edição anual do Seminário de Suinocultura de Mato Grosso.

Com o tema “Agregar para consolidar”, a Acrismat objetiva trazer aos seus associados e profissionais que atuam neste segmento informações que possam melhorar o manejo com a adoção de novas tecnologias. “Vamos capacitar o setor para agregar mais valor a sua produção e com isso gerar divisas para o Estado”, aponta Castro.

A expectativa é reunir cerca de 450 pessoas inseridas na cadeia produtiva da suinocultura, contando com a participação dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Nos dois últimos anos a participação no seminário foi de 350 pessoas.

Durante a abertura, no dia 27, às 20h45, será proferida a primeira palestra: Cadeia Suína: Perspectivas e Potencialidades, com o médico veterinário de Santa Catarina, Jurandir Soares Machado. Na sexta-feira, dia 28, estarão em pauta: Doenças Emergentes da Suinocultura, Desafios Atuais no Manejo das leitoas e encerrando os trabalhos, a palestra Gestão do Negócio Suíno.