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Suinocultura em boa fase

Preço da carne se recupera e custo de produção segue estável. Período frio também favorece o consumo.

Redação SI 26/07/2004 – 06h42 – Depois das dificuldades vividas nos anos de 2002 e 2003, a atividade suinícola parece estar voltando aos seus melhores dias. O custo de produção permanece estável em níveis muito favoráveis e o preço da carne suína melhorou nos últimos meses. Esta semana, a arroba do produto variou de R$ 50,00 a R$ 55,00 para os produtores independentes. Em janeiro deste ano, a arroba estava cotada entre R$ 43,00 e R$ 45,00. De lá para cá, o aumento médio foi de 20%.

O presidente da Associação Goiana de Suinocultores, Eugênio Arantes Pires, confirma a boa fase vivida pela atividade, mas ressalta que o quadro ainda não é para euforia. Conforme diz, a melhoria de preço é reflexo da redução da oferta no mercado atacadista, resultante do abate de 300 mil matrizes suínas em todo o País ao longo de 2002 e 2003. “Realmente há uma recuperação de preço e os custos de produção estão estabilizados, já que as cotações do milho e do farelo de soja têm se comportado dentro de parâmetros favoráveis à criação suinícola”, ressalta Eugênio.

Consumo cresce

Outro fator positivo é o aumento do consumo, favorecido pelo período mais frio do ano. Além disso, as sucessivas campanhas realizadas pela Associação vêm surtindo efeito. Escolas de Rio Verde e de Goiânia atualmente já utilizam carne suína no cardápio da merenda escolar. Além disso, chefes de cozinhas de restaurantes e donas-de-casa têm sido icentivados a fazer mais pratos tendo como base a carne suína.

Eugênio Arantes argumenta que os criadores precisam fazer muitos investimentos na modernização das granjas (instalações físicas), apostar na melhoria da produtividade e na genética como forma de melhorar o desempenho da atividade. Nos períodos de crise isso não foi possível, mas agora essas providências já estão sendo tomadas. O dirigente da Associação faz um alerta aos produtores no sentido de que evitem aumentar plantéis, mantendo a oferta ajustada ao consumo. Os ganhos devem vir com o aumento da produtividade, frisa ele.