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Suinocultura goiana sente a crise

O suinocultor goiano gasta entre R$ 1,75 a R$ 1,90 para produzir um quilo de suíno vivo e comercializa o produto a R$ 1,80.

Redação SI 27/05/2003 – A informação é do presidente da AGS – Associação Goiana de Suinocultores, Eugênio Arantes Pires, para quem a suinocultura goiana vem atravessando nos últimos 16 meses a pior crise de sua história.

Segundo ele, a atual correlação entre custo de produção e preço pago ao produtor significa prejuízo certo para os produtores independentes, especialmente nos casos de granjas menos tecnificadas.

Diante dessa situação, Eugênio Arantes apela ao Ministério da Agricultura para que utilize critérios rigorosos na remoção de estoques de milho produzidos em Goiás, para que o produto não venha a se tornar escasso no Estado, agravando ainda mais a situação das granjas no período da entressafra.

Início da crise – Conforme o presidente da AGS a crise teve início em dezembro de 2002, com o veto da Rússia às importações de carne suína de Santa Catarina, que respondia por 75% das exportações brasileiras para aquele país. Com essa perda de exportações, as granjas catarinense dirigiram praticamente toda a sua produção para o mercado interno, provocando superoferta do produto e a conseqüente redução de preços.

Segundo o dirigente da AGS, o agravamento da situação levou ao abate de 300 mil matrizes ao longo do ano passado, com o plantel reduzindo-se de 2,8 milhões para 2,5 milhões de cabeças, o que gerou um prejuízo estimado de US$ 200 milhões (cerca de R$ 600 milhões) para os suinocultores de todo o País.