Redação SI 10/12/2004 – Depois de dois anos em queda, a produção de suínos em Santa Catarina deve voltar a crescer em 2005, estimulada pelos bons preços e queda no custo de produção.
Em 2003 o abate de suínos caiu 8%, ficando em 7,9 milhões de cabeças. Em 2004, deve fechar com uma queda de 4% no abate (7,62 milhões de cabeças), mas apenas 2,8% em toneladas (625 mil).
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza, disse que somente pelo plano de erradicação da Aujeszky, foram eliminadas 26,5 mil matrizes. Outro fator de redução foi a crise de 18 meses, entre 2002 e 2003.
Mas os números do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa) apontam para uma recuperação dos plantéis. No ano que vem, a suinocultura deve crescer 5% no Estado.
Atualmente, as agroindústrias estão abatendo abaixo da capacidade por falta de matéria-prima. Este é um dos fatores que elevou o preço do suíno de R$ 2,20 para R$ 2,50 nos últimos dois meses. A retomada das exportações para a Rússia também contribuíram para a valorização.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos, Clair Dariva, prevê um bom ano para a suinocultura em 2005.
Equilíbrio mantém atividade lucrativa
Um dos produtores com maior regularidade é Dirceu Coser, de Chapecó. Desde 2001 ele mantém 60 matrizes, entregando até 110 suínos por mês.
Há dois anos, teve prejuízo comprando milho a R$ 27 e vendendo suíno a R$ 1,35 ao quilo. Agora, lucra com o milho a R$ 15 e o suíno a R$ 2,50 (R$ 2,70 com a tipificação). Com um plantel estável, enfrenta tanto a fase boa como a fase ruim.