Da Redação 19/11/2003 – 04h00 – A produção brasileira da carne suína é prevista aumentar em cerca de 2% em 2004, segundo novas projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os custos com alimentação, que normalmente respondem por cerca de 75% dos custos de produção, deverão sofrer apenas um incremento moderado, devido às projeções de produção de milho para 200/04.
Já o consumo doméstico do país é classificado pelo USDA como estagnado. Na região Sul, a população consome cerca de 18 kg per capita/ano, enquanto muitas áreas do Norte consomem cerca de 66% menos.
Segundo o órgão norte-americano, aproximadamente 70% do consumo brasileiro é de carne processada, que por ser mais cara deixa os preços em desvantagem em relação às carnes bovinas e de frango.
Desde 2000, indica o USDA, as exportações brasileiras do segmento cresceram 300%, ou cerca de 8% do total da produção. Baixos custos e preços competitivas de mercado favorecem as vendas externas do País, enfatiza o órgão, particularmente para a Rússia.
Para o USDA, o Brasil vem mostrando sua habilidade exportadora ao conseguir regionalizar o status sanitário do país, depois da detecção do mal de Aujeszky em várias áreas, mantendo mesmo assim suas vendas internacionais.
O USDA também enaltece a capacidade de exportação do Brasil para outras regiões, além da Rússia. Vale destacar que as vendas externas do País tiveram em outubro o maior desempenho mensal da história em divisas cambiais, que somaram US$ 64,872 milhões, valor 20% acima do registrado em outubro de 2002.
Os embarques no mês somaram 49.701 toneladas, o segundo melhor resultado do ano, apesar de representar queda de 14,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Um dos clientes em destaque é a Argentina, que entre janeiro e outubro deste ano compraram 245% a mais, com as aquisições passando de 9.120 toneladas em 2002, para 31.483 toneladas este ano, tudo em cortes. Em faturamento, os argentinos registraram um incremento de 293% no período, com a renda total das exportações passando de meros US$ 8,8 milhões, para expressivos US$ 34,54 milhões.
No caso de Hong-Kong, o terceiro maior mercado das exportações brasileiras de carne suína, o crescimento, no mesmo período foi de 16% em volume (48.384 toneladas) e de 13% em divisas (US$ 42,180 milhões).