Um dia após a publicação, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de uma Instrução Normativa (IN nº 22) que permite a retomada da exportação de carne suína brasileira para a Argentina, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, disse que o semestre para o setor permaneceu estagnado. “Com relação às exportações para a Argentina, podemos dizer que tivemos um semestre parado”, disse Camargo Neto à Globo Rural On-line.
A liberação, publicada na segunda-feira (8/10) por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), faz parte de um acordo firmado entre o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e o embaixador argentino Luis María Kreckler, e veio em troca da autorização pelo Mapa para a entrada de maçã, pera e marmelo do país vizinho. Desde junho, as frutas da Argentina precisavam de autorização do ministério para entrar no Brasil. No mesmo mês, o governo argentino parou de ceder autorizações que permitiam a exportação de cotas de carne brasileira.
De acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Abipecs, de janeiro a setembro houve uma queda de 43,27% no volume de carne exportada para a Argentina, em comparação ao mesmo período de 2011. “Dentre os maiores importadores de carne suína brasileira neste ano, a Argentina não está nem entre os oito primeiros”, afirmou o presidente da associação. O comércio com a Argentina, no entanto, começou a se normalizar ainda em setembro, quando os argentinos já apareciam entre os quatro maiores compradores mundiais de cortes suínos brasileiros.