Redação SI 08/10/2003 – 03h42 – Instalada oficialmente no dia 30 de junho, a CPI das Carnes já levantou uma série de problemas estruturais nos setores de bovinocultura e suinocultura. A comissão também tem gerado resultados práticos ao longo dos três meses de trabalhos.
O primeiro reflexo positivo pode ser verificado no preço do quilo pago ao produtor. Em relação aos suínos, a evolução dos valores ultrapassam 100%. Em julho, o valor do quilo chegou a R$ 1,00 e hoje, o preço chega a R$ 2,00.
Na pecuária de corte, no primeiro semestre de 2003 o preço do quilo do boi estava em R$ 1,45, valor que sequer cobria os custos de produção. Atualmente, o setor anima-se com a projeção otimista de R$ 2,00 até o final do ano. A composição de preços também está mais favorável aos consumidores.
A CPI revelou a concorrência desleal da carne oriunda do Centro-Oeste do país, que acabava entrando no Rio Grande do Sul com fortes benefícios fiscais. O problema foi levantado e o governo estadual publicou Instrução Normativa que extingue os benefícios fiscais da carne produzida no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A medida passou a vigorar no dia 1 de outubro e devolve a competitividade à pecuária gaúcha.
Outra vitória da CPI das Carnes foi a reativação do Frigorífico Alegretense, com previsão de retomada das operações no dia 3 de novembro, gerando 300 empregos diretos. O presidente da Comissão de Agricultura, deputado Jerônimo Goergen (PP), destaca a importância de se averiguar as denúncias de atuação da “Máfia da Carne”, que envolve casos de abate clandestino, roubo de gado, emissão de notas frias e evasão de divisas.
As informações são da Assembléia Legislativa.