Redação AI (22/06/07) – De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias dos Produtos Avícolas do Paraná, Domingos Martins, o motivo é a possibilidade de o setor sofrer grandes prejuízos decorrentes da paralisação das exportações, com a retenção das mercadorias nos portos de todo o país, a manutenção de navios atracados nos terminais por tempo maior que o necessário e o atraso na entrega dos produtos no mercado internacional.
A maior dificuldade apontada pelo presidente do Sindiavipar é que o não-cumprimento dos contratos de exportação pode trazer prejuízos imediatos e futuros ao setor avícola, como a suspensão de contratos e a desvalorização do produto brasileiro na renegociação dos contratos, uma vez que os investidores internacionais utilizam esses argumentos para desvalorizar a produção nacional.
No quarto dia da paralisação, o Sindicato das Indústrias dos Produtos Avícolas do Paraná mantém a expectativa de que o comando da greve e o governo federal cheguem a um rápido entendimento sobre a questão.
Apesar do comunicado de que a paralisação será por tempo indeterminado, o sindicato acredita que até esta sexta-feira as partes cheguem a um acordo, trazendo benefícios a toda a cadeia produtiva do país.
O Sindiavipar considera que a iniciativa privada não pode se responsabilizar e arcar com os prejuízos da paralisação, que compromete o desempenho das exportações brasileiras e gera uma turbulência no mercado avícola e no agronegócio brasileiro.
O Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do Estado do Paraná conta com a boa vontade das partes nas negociações entre o governo federal e fiscais agropecuários e está em Brasília acompanhando as negociações.
Apesar do entendimento de que as negociações devem trazer o equilíbrio nas relações entre governo e servidores públicos, evitando posições extremadas, o Sindiavipar lembra que a paralisação causa uma turbulência no segmento agroindustrial num momento em que o Paraná trabalha para consolidar essa cadeia produtiva como uma das mais importantes no agronegócio do Estado.
Nesse sentido, o Sindiavipar espera pelo rápido entendimento entre as partes com o fim da greve dos fiscais federais agropecuários, trazendo novamente a normalização no embarque do frango de corte para o mercado internacional, diminuindo o impacto da greve nas exportações paranaenses no setor.