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UBA divulga circular sobre riscos de realização de feiras

Uma feira de negócios a ser realizada em Chapecó (SC), em setembro, está despertando a preocupação de entidades e de produtores nacionais.

Redação AI 26/08/2002 – A União Brasileira de Avicultura (UBA) está alertando os produtores brasileiros quanto aos riscos que algumas feiras e eventos representam à agropecuária do Brasil. Principalmente se essas feiras e eventos são realizados em locais e pólos de produção, como o município de Chapecó (SC). Nesse sentido, a entidade divulgou hoje (26) uma circular aos seus associados, sobre uma feira de negócios, que envolve a produção bovina (de leite e de corte), a produção suína e a produção avícola, a ser realizada no mês de setembro. Confira a íntegra da circular:

“Circular n 063/2002 São Paulo, 26 de agosto de 2002.

Aos Associados

Assunto: Recomendações sobre cuidados contra riscos provenientes de realização de feiras como a programada para Chapecó/SC em setembro de 2002.

Prezados Senhores,

Ressaltamos que qualquer aglomeração de pessoas, vindas de diversas partes do mundo, que possuem situação sanitária animal diferentes do “status” da região é indesejável, pois oferece riscos, embora não possam ser quantificados, mas sempre preocupam a UBA e a ABEF.

Qualificação dos riscos:

Chapecó é uma cidade que tem ao seu redor, até a divisa com a Argentina, com o RS e PR e até quase os limites da BR 116 ( que corta SC no sentido Norte/Sul) uma das maiores concentrações de suínos e aves do Brasil e da América do Sul.
O local onde se realizam as feiras fica hoje na zona suburbana da cidade, e nas sua proximidades se acumulam extensas criações de animais.
Uma feira supões a vinda de pessoas que podem ter origem urbana, rural, ou mesmo sendo urbanas que possuem contatos com animais, mesmo que raramente; (este é um dado difícil de se conhecer ou avaliar);
A transmissão das doenças é muito mais comum de animal para animal, mas pode ocorrer através pessoas, principalmente por contaminação de roupas, calçados ou objetos, diretamente pelas pessoas torna-se mais difícil (embora possa ocorrer) e hoje evita-se a visita de pessoas (que tiveram contatos com animais) a propriedades rurais e estabelecimentos processadores num período de no mínimo 72 horas; não podemos controlar que alguém vá visitar uma propriedade rural, a convite de um “entusiasmado” produtor;
As maiores preocupações estão relacionadas com Ásia e África (presença de doenças exóticas à região, ao Brasil e as América como Febre Aftosa pelos vírus SAT e Ásia, Influenza Aviária, Doença de Newcastle, Peste Suína e Africana e Clássica etc.)
Na Europa as preocupações devem ser principalmente com países que, neste momento, possuem regiões quarentenadas por doenças dos animais (Itália Doença vesicular dos suínos (exótica ao Brasil), Alemanha e França Peste Suína Clássica (grande região do Brasil é livre), Dinamarca Doença de Newcastle (grande região do Brasil é livre);
Nas Américas a preocupação principal é com o Chile – Influenza Aviária (doença nunca registrada no Brasil); mas também o Canadá e os Estados Unidos estão apresentando, neste momento, focos de febre pelo vírus WEST NILE, em aves e eqüinos (nos EUA pessoas já foram acometidos humanos, havendo pelo menos 2 óbitos);
Para concluir, se a realização de feiras em Chapecó ou outra cidade junto as áreas de produção animal for inevitável, todos devem estar cientes dos riscos e deve-se buscar formas de gerenciá-lo para torná-lo o menor possível (desprezível).
Cordialmente,

Zoé Silveira dAvila

Presidente