Redação AI 01/03/02 – A União Brasileira de Avicultura realizou ontem (28/02), em seu escritório em São Paulo, a primeira reunião plenária da entidade em 2002. Durante a reunião, que contou com a participação de cerca de 40 pessoas, esteve em pauta o andamento dos programas na área de sanidade e segurança alimentar, os números da avicultura brasileira em 2001 e as previsões de desempenho do setor para este ano.
De acordo com a entidade, durante o ano passado foram produzidas no País 3.448.852.195 aves, registrando um crescimento de 6,31% em relação ao ano anterior. O setor fechou o ano de 2001 com uma produção de carne 12,7% maior do que a verificada em 2000. Segundo a UBA, foram produzidas durante o ano passado um total de 6.735.696 toneladas de carne frango, das quais 5.486.408 foram direcionadas ao mercado interno e 1.249.288 ao mercado externo. Esses números revelam que as exportações brasileiras de carne de frango apresentaram no último ano um crescimento de 37,78%. Cabe ressaltar que no volume relativo ao mercado externo não foram computadas as exportações de industrializados de frango. O consumo per capta do brasileiro em 2001 apresentou um crescimento de 6,4%, atingindo a marca de 31,823 quilos. O consumo per capta foi estimado considerando a população brasileira de 2001 projetada em 172,4 milhões de habitantes.
Perspectivas – A UBA divulgou ainda as previsões de desempenho da avicultura para este ano. A julgar pelos números divulgados, a avicultura brasileira apresentará um bom desempenho durante o ano de 2002. A projeção foi feita com base no alojamento de matrizes e no número de matrizes controladas pela entidade. “A partir do número de matrizes alojadas é feita a previsão de produção de pintos e em cima da previsão da produção de pintos fez-se a previsão de abate e de produção de carne”, explica Clóvis Pupperi, secretário executivo da UBA.
Notícias Relacionadas
De acordo com a entidade, o Brasil produzirá 7.284.885 toneladas de carne de frango em 2002, número que representa um incremento de 8,15% em relação ao ano passado. Desse total, 5.910.668 serão voltados ao abastecimento do mercado interno (crescimento de 7,73%) e 1.374.217 direcionados ao mercado externo (crescimento de 10%). Assim como nos números de 2001, na previsão do volume relativo ao mercado externo não estão computadas as exportações de produtos industrializados. Já com relação ao total de aves produzidas no País, a UBA prevê um crescimento da ordem de 5% este ano. Em 2002 o Brasil deve produzir 3.621.294.804 aves. O consumo per capta do brasileiro em 2002 deve atingir a marca de 33,775 quilos registando um crescimento de 6,13%.
A reunião contou ainda com a presença do Dr. Rui Vargas, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Vargas falou aos presentes, entre outros assuntos, sobre os atuais padrões de qualidade da carne de frango tanto no mercado interno quanto no externo. Falou também sobre as técnicas de aperfeiçoamento de controle da qualidade da carne de frango. “O Dr. Rui Vargas discutiu conosco os padrões de qualidade da ave no mercado interno para que essa mantenha o mesmo padrão da ave exportada. Essa reunião é um esforço que a UBA vem fazendo para que o frango do mercado interno tenha as mesmas características de confiabilidade e qualidade que o frango enviado para o exterior apresenta. Estamos trabalhando para ampliar a exportação mas o grande mercado para o frango brasileiro é o interno”, afirma Zoé Silveira d`Ávilla, presidente da UBA. “Foi muito importante a participação do pessoal do Mapa em nossa reunião. Nossa finalidade é cada vez entrosar mais os setores público e privado”.
De acordo com o presidente da UBA, a reunião foi bastante produtiva e importante para o bom desenvolvimento do setor em 2002. “Existe uma parceria entre o MAPA e a UBA no sentido da constante melhoria da qualidade do produto frango. Foi uma reunião na qual houve muita participação dos presentes, muita franqueza e muita lealdade. Essa reunião foi muito positiva e contribuirá para o desenvolvimento da avicultura brasileira em 2002”, afirma Zoé.
Sanidade – Outro assunto abordado na ocasião diz respeito ao atual estágio dos programas sanitários e de segurança alimentar implantados ou em fase de implementação no País. Durante a plenária foi discutido, por exemplo, o estabelecimento dos Programas de Boas Práticas de Fabricação (GMP, na sigla em inglês) na produção de ração. O programa, que está sendo trabalhado através da parceria entre a UBA, MAPA e Sindirações, tem como objetivo principal permitir a implantação de um programa de rastreabilidade no País. “Cada vez mais os mercados importadores estão preocupados com essa questão e mesmo internamente essa é uma preocupação bastante importante”, explica Ariel Mendes, vice-presidente científico da UBA. Outro programa que conta com a parceria UBA/MAPA é o de redução de patógenos em produtos avícolas. “Esse é um programa que tem unido a UBA e o MAPA e seu objetivo é promover uma redução de patógenos que envolve toda a cadeia, não só abatedouros como também a criação de frangos e matrizes, para que tenhamos cada vez mais produtos de melhor qualidade no mercado”, diz Mendes.
