Redação (25/06/07) – Os 300 profissionais que estão mobilizados no Estado seguem adesão nacional e permanecerão paralisados por tempo indeterminado.
Cerca de 30% dos fiscais estão trabalhando exclusivamente para atender às cargas perecíveis. De acordo com o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Ministério da Agricultura, José Luiz Castilhos, o movimento continua porque não há entendimento com o governo federal.
– São reivindicações que fizemos desde 2005 e não são cumpridas. Ficaremos parados até o governo se sensibilizar com nossa causa – diz.
Em Uruguaiana, desde o início da greve até ontem, 128 caminhões estão parados, o que significa 3.368 toneladas de mercadorias. Em Livramento, 30 caminhões estão no Porto Seco, com cerca de 840 toneladas de mercadorias.
Um dos primeiros setores a sentir o reflexo da greve é o de carnes. O secretário executivo da Associação Gaúcha de Avicultura, Eduardo dos Santos, comenta que as indústrias já começam a sofrer as penalidades da greve.
Entre quarta e quinta-feira os prejuízos atingem US$ 5 milhões. São exportados por dia de 1,8 mil a 2 mil toneladas de frango no Estado, o que representa um montante de R$ 2,5 milhões. A categoria já vem de um período difícil em 2006 em razão de diversos fatores, como a gripe das aves. – Agora que estávamos querendo melhorar ocorre a greve. Toda a cadeia produtiva é prejudicada – destaca Santos.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que enquanto houver greve não haverá negociação. O ministério ainda analisa o movimento em todo o Brasil.
O porta-voz dos fiscais Serviço de Vigilância Agropecuária do Porto de Santos (SP), Sérgio de Aguiar Pacheco Chagas, afirmou ontem que, apesar de os fiscais agropecuários federais terem decidido manter a greve por tempo indeterminado, a categoria em Santos voltará ao trabalho a partir da zero hora desta sexta-feira, quando se encerra a paralisação de 24 horas. A decisão foi tomada em assembléia nesta quinta-feira.