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Economia

Valor ainda ruim

O preço do suíno reagiu nos últimos dias. Mas o valor atual ainda não é suficiente para animar os criadores gaúchos.

Valor ainda ruim

O preço do suíno reagiu nos últimos dias. Só que o valor atual ainda não é suficiente para animar os criadores do Rio Grande do Sul.

Na propriedade na região norte do Rio Grande do Sul são duas mil matrizes. O seu Roberto Fontana cria leitões vendidos para terminadores que irão engordar e entregar os animais para a indústria. Ele está recebendo 13% a mais do que o recebido no ano passado. A alta no preço trouxe alívio. Mas o seu Roberto espera mais.

“Quando deu o primeiro aumento, a gente ficou na expectativa. Agora, vamos ver o que vai acontecer no mercado. Mas a sinalização já deveria ter acontecido”, disse seu Roberto.

Em outra propriedade o criador Vilamor Artuzi vende o porco terminado para a indústria. Ele trabalha no sistema independente e arca com todos os custos de produção. Por mês saem do lugar 200 suínos pesando uma média de cem quilos cada.

O seu Vilamor contou que está vendendo o quilo do suíno por R$ 2,20. São 15% mais do que o preço de agosto do ano passado. Mesmo com o aumento no preço o criador de São Valentim, município do norte gaúcho, reclama. “Nós ainda não conseguimos tirar o prejuízo dos anos passados. O custo de produção está subindo. Se daqui um pouco o porco não acompanhar, nós ficamos de novo na margem do prejuízo”, avaliou.

A Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul disse que está negociando melhores preços com as indústrias. “Se nós olharmos as entrevistas que vemos por parte dos diretores das associações das indústrias, eles dizem que o setor vai muito bem obrigado. Mas da porteira para fora. Da porteira para dentro não é realidade. O produtor está muito insatisfeito, tanto o integrado como o não-integrado. Nós precisamos trabalhar hoje o conceito de discutirmos a questão de remuneração, uma remuneração mais justa e uma distribuição melhor da renda dentro do processo de produção de suínos”, disse Valdecir Luís Folador, presidente da associação.