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VII Simpósio Brasil Sul de Avicultura

<p>Simpósio discute medidas inespecíficas para o controle bacteriano.</p>

Redação (15/03/06) – O VII Simpósio Brasil Sul de Avicultura, programado para os dias 4 a 6 de abril, no Bristol Lang Palace Hotel em Chapecó, terá na quinta-feira, dia 6, às 8 horas, o tema “Medidas inespecíficas para o controle bacterianos”, com o professor da USP, Antônio Piantino Ferreira. O Simpósio é promovido anualmente pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários.

A redução de patógenos que são veiculados por alimentos é uma tarefa primordial para assegurar aos consumidores qualidade e liberdade de consumo. O frango e o ovo podem veicular vários microrganismos que podem provocar sérios danos à saúde dos consumidores. A manutenção do Brasil na comunidade de comércio internacional depende de vários fatores, entre eles a qualidade da ração que é fornecida aos animais, o bem estar animal, o controle de patógenos nocivos à saúde. Sem dúvida, a qualidade microbiológica é a mais significante e que realmente causa sérios problemas aos consumidores.

Estudos têm demonstrado a veiculação de vários agentes infecciosos através do alimento, como bactérias, fungos e vírus. Recentemente, têm-se considerado, além de Salmonella spp., outros agentes como potencialmente patogênicos ao homem, explica o palestrante.

As medidas a serem adotadas devem ser aplicadas desde as primeiras fases do ciclo de produção, passando pelo transporte, espera para o abate e o abate das aves. Estas medidas devem envolver o processamento, armazenamento, distribuição e ainda, com menos responsabilidade, a conservação doméstica. O alimento para estar livre de patógenos deve ser submetido a um sistema de produção onde os microrganismos sejam controlados desde a coleta dos ovos, incubação dos ovos, alojamento de crescimento das aves. “É em um sistema de produção e controle integrado que se inicia nas avós, matrizes, frangos, abate e processamento do alimento. É uma cadeia integrada de produção de um alimento seguro”, observa Antônio Piantino Ferreira.

Várias ferramentas podem ser empregadas com o intuito de se obter um resultado final satisfatório, ou seja, um alimento livre de microrganismos potencialmente patogênicos. Salmonella são bactérias que causam infecções localizadas ou sistêmicas e podem levar ao estado portador em uma grande variedade de hospedeiros, incluindo o homem. É um problema de proporção mundial em animais de produção, que causa grandes perdas econômicas, seja diretamente por sintomas clínicos e pela mortalidade, ou indiretamente por tornar os animais fonte para toxinfecções humanas. As aves são consideradas o veículo mais comum para as infecções em humanos.

Várias estratégias podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação para se alcançar os objetivos. O controle de patógenos em frangos e matrizes deve ser integrado para se alcançar resultados satisfatórios da produção ao abate. Algumas medidas gerais podem ser adotadas para o controle geral de patógenos, como: controle de roedores, pássaros silvestres, controle de pessoal, controle de ração.

Perspectivas do futuro

O cenário mundial acena para o aumento do consumo de derivados avícolas. No entanto, embora a demanda apresente uma tendência de aumento de consumo, a Infuenza aviária vem diminuindo o consumo mundial de carne de frango. Assim, devido a esta queda no consumo há uma queda nas exportações brasileiras de frango. A exigência dos importadores tem aumentado significativamente em paralelo á implantação de critérios e normas para melhorar a qualidade microbiológica do alimento de origem aviária. A presença de microrganismos nocivos à saúde humana causa um impacto direto no consumo de carne de frango e ovos. Estima-se que o consumo per capita brasileiro está em 40 kg/ano/pessoa.