As desvalorizações no mercado suinícola foram intensas no correr de março, o que aumentou a apreensão do setor – os valores no final do mês, tanto do animal vivo quanto da carne no atacado, foram os menores, em termos nominais, desde setembro de 2011.
O Indicador do Suíno Cepea/Esalq chegou a recuar 20% no estado de São Paulo no acumulado do mês. Em Minas Gerais, houve queda de 18,4%. No Sul do País, as retrações nos preços foram de 14,6% no Paraná, de 14,2% no Rio Grande do Sul e de 12,1% em Santa Catarina. Quanto à carcaça comum suína comercializada no atacado de SP, a desvalorização no correr de março foi de 9,5% e a da carcaça especial, de 13,9%.
O movimento de queda em março foi contrário ao observado no mesmo mês do ano passado, quando os preços entraram em forte recuperação após o período de carnaval. Antes de obterem aquelas valorizações, nos dois meses iniciais de 2011, os preços pagos ao produtor haviam caído expressivamente. Após o carnaval, no entanto, iniciaram forte valorização que perdurou até meados de maio. Em 2012, o recuo nos preços também começou em janeiro, conseguindo se sustentar em fevereiro, mas tornaram a cair em março.
Segundo agentes colaboradores do Cepea, as quedas se devem ao ritmo mais fraco da demanda no mercado doméstico, o que poderia estar atrelado às baixas também da carne bovina – que registrou o menor patamar nominal desde julho de 2011. Do lado da oferta, diante das consecutivas quedas no preço do animal, suinocultores ofertaram maior volume de animais vivos para abate – além do elevado preço dos insumos, produtores temiam que a desvalorização do seu produto se acentuasse.
Veja a análise completa em:
http://www.cepea.esalq.usp.br/comunicacao/Cepea_BoletimSuino_19.pdf