Cinco estados brasileiros devem concentrar em 2012 pelo menos 63,3% de todas as riquezas produzidas pela atividade agrícola do país. Os estados estão localizados nas principais regiões produtoras do Brasil, sendo dois na região Sudeste, dois no Centro-Oeste e um no Sul o país. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), juntos, os estados de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Goiás devem faturar neste ano R$ 133,9 bilhões com o exercício agrícola, detendo os maiores Valores Brutos da Produção (VBP).
São Paulo deve contabilizar em 2012 o maior rendimento com a atividade agrícola do Brasil e deve arrecadar R$ 42,2 bilhões. Já Mato Grosso, que é o maior produtor brasileiro de grãos, apresenta a segunda maior arrecadação, com R$ 27,8 bilhões. As projeções são elaboradas a partir das estimativas de safra e os preços.
O desempenho dos estados do Centro-Oeste fará com que, pela primeira vez, o Valor Bruto de Produção para a região supere o Sul. De acordo com o Mapa, para as duas localidades o VBP deve atingir, respectivamente, R$ 52,9 bilhões e R$ 42,7 bilhões.
Cleber Noronha, analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), destaca que o avanço da região Centro-Oeste também se deve à chamada ‘safra cheia’. “O Centro-Oeste está se desenvolvendo muito bem. Enquanto isso, no Sul, que registrou queda na produção deve gerar um VBP menor. Isso deu espaço para o Centro-Oeste subir”, pontuou o especialista.
Mas Noronha ressalva que apesar da cifra alta, o VBP não reflete em sua totalidade ao montante real que deve ficar nas mãos dos produtores. A análise do Mapa mostrou que na unidade federada seis culturas devem apresentar menor desempenho este ano: algodão, arroz, banana, café, mandioca e tomate. Enquanto isso, culturas como cana-de-açúcar, milho e soja devem registrar incremento no rendimento bruto anual.
Brasil – No Brasil, indicou o Mapa, o Valor Bruto da Produção está estimado em R$ 211,24 bilhões em 2012, valor inferior ao obtido no ano passado, em R$ 216,26 bilhões. Apesar do recuo, aponta o Mapa, deve se tornar o segundo maior valor desde 1997.