A Polônia começou a exportar aves para as Filipinas, um mercado de 115 milhões de consumidores, após a concretização de um acordo em 2023. Este movimento é visto como uma oportunidade para fortalecer a indústria avícola polonesa em 2024 e nos próximos anos, conforme relatado por Dariusz Goszczyński, presidente do Conselho Nacional de Aves.
A abertura deste novo mercado ocorre em um contexto global marcado pela epidemia de gripe aviária, que limitou as exportações de países tradicionalmente exportadores como os Estados Unidos, abrindo espaço para a Polônia nas Filipinas. A situação da gripe aviária nos EUA e a posição dominante do Brasil no mercado filipino até então, que não registrou surtos da doença, influenciaram as negociações. Curiosamente, a entrada da Polônia nas negociações resultou em uma redução dos preços por parte dos fornecedores brasileiros.
O acordo entre Polônia e Filipinas é baseado no princípio da regionalização, que não implica a proibição automática de importações de todo o país em caso de surtos de gripe aviária, mas sim aplicado a províncias específicas. Estão em andamento negociações para restringir ainda mais essas áreas.
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No entanto, a indústria avícola polonesa enfrenta desafios internos devido à importação de aves da Ucrânia, que, segundo Goszczyński, está desestabilizando o mercado da União Europeia. Ele critica o regime de comércio livre de impostos com a Ucrânia, que beneficia principalmente uma grande empresa registrada em Chipre, com acesso ilimitado ao mercado europeu sem a necessidade de cumprir os padrões europeus de produção.
A entrada das aves polonesas no mercado filipino representa um passo significativo para a indústria do país, que busca expandir sua presença globalmente, apesar dos desafios enfrentados no mercado interno e na União Europeia.
