Mauro Lopes (em pé) transferindo à sua turma do curso de MBA em Agribusiness os novos paradigmas e moldando o perfil desses profissionais para o novo agronegócio brasileiro |
Em 2001, o setor do agronegócio brasileiro gerou 1.119 novos empregos, ficando em segundo lugar no ranking dos maiores geradores de empregos daquele ano. O agronegócio perdeu apenas para o setor do vestuário, que registrou 1.575 novos postos de trabalho.
Só nas exportações de 2002, o agronegócio do País faturou US$ 24,8 bilhões, uma receita histórica para o setor. Sua linha de desempenho vem se comportando de forma ascendente nos últimos anos, tanto interna como externamente. E para fazer estes números crescerem as empresas estão investindo pesado em novas fábricas e ampliando a sua produção. Nesse sentido, a estimativa de novas oportunidades para os profissionais no agronegócio brasileiro, principalmente nas áreas de comércio exterior e logística, também não pára de crescer. Mas, qual é o perfil do profissional do agronegócio exigido pelo atual mercado brasileiro?
“As empresas estão procurando aqueles profissionais que se disponham a `desaprender` tudo aquilo que ele acha que sabe para mudar os velhos paradigmas e modelos mentais”, resume o economista, professor e coordenador do curso de MBA (Master Business Administration) em Agribusiness, da Fundação Getúlio Vargas, Mauro Lopes. “O profissional bem-sucedido no agronegócio brasileiro precisa dominar a tecnologia da produção e ir além: conhecer o mercado, ser capaz de realizar análises de risco financeiro, ter conhecimentos em recursos humanos, meio ambiente, comercialização interna e externa, logística e dominar um segundo, ou até um terceiro idioma, como o inglês e o espanhol”.
Novas carreiras – De acordo com Lopes, novas carreiras começam a se destacar no agronegócio do Brasil. Entre elas estão:– Especialistas em agropecuária – são os colaboradores na área de gestão estratégica, gestores de fazendas e propriedades. Estes profissionais precisam ter conhecimentos, além das técnicas produtivas, de recursos humanos, gestão financeira e comercialização. “Geralmente estas pessoas atuam em empresas de consultoria, que combinam alto padrão técnico com a informática, ou, para simplificar, a chamada agricultura de precisão”, esclarece.
– Especialistas em agroindustrialização – profissionais com formação ou especialização em gestão de negócios, com visão de mercado, investimentos, documentação de vendas, compromisso com a gestão produtiva e comercial do negócio, inglês e espanhol fluentes.
– Operadores de trading – profissionais com formação ou especialização em comércio exterior que têm o papel de prospectar negócios internacionais. “Estas pessoas precisam ser especialistas em modelos de gestão”, diz o professor. Segundo ele, o perfil deste profissional é descrito da seguinte forma: jovem, muito bem informado, fluência indispensável em inglês e espanhol e liderança. Já o salário médio de um profissional deste calibre, recém-formado e com MBA de uma escola de primeira linha, chega a R$ 4.800,00 no mercado brasileiro.
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