Redação AI 05/09/2002 – A avicultura brasileira deve fazer uma grande campanha de esclarecimento sobre os benefícios de se comer ao menos um ovo por dia e incluir o alimento no esforço de atender os 16 milhões de subnutridos existentes no País. A idéia foi defendida pelo mestre em Nutrição Animal, Antônio Gilberto Bertechini, ao falar aos participantes do Simpósio da Asgav, realizado no último dia 30, durante a Expointer 2002. Depois do leite materno, o ovo é o alimento mais completo da natureza, contendo todos os principais nutrientes necessários a uma vida saudável, sugere entre os argumentos a serem apresentados à população.
Conceitos errados a respeito do ovo, principalmente por conter colesterol, fazem com que o consumo, no Brasil, seja o mais baixo da América Latina, com apenas 94 unidades/ano por habitante. Bertechini lembra que o ovo foi retirado, definitivamente, pelas pesquisas mais respeitadas do mundo no campo da cardiologia, dentre os vilões dos males do coração, por ser gerador do bom colesterol (HDL). Uma prova da contribuição do ovo à boa alimentação e à longevidade seria o Japão que tem um consumo do 350 unidades/ano/per capita e é um dos paises de menor incidência de problemas cardíacos.
Outro pesquisador do CNPQ e membro da Academia de Ciências de Nova York que falou na oportunidade, o cardiologista Sérgio Puppin, diz que o ovo está pagando a má fama de pouco saudável ao coração, pelas gorduras de má qualidade empregadas na fritura, ou em outros preparos. Ele defende o banimento total dos azeites refinados e da margarina não apenas no preparo do ovo, bem como do microondas. Segundo ele, os índices altos de colesterol no sangue estão muitos mais ligados à genética que ao consumo moderado de gorduras animais.
A exclusão definitiva do ovo na culpa por males do coração pela Sociedade Americana de Cardiologia, contribuirá para questionar mais a que denominou de “colesterolfobia”, difundida por interesses comerciais. “Se ovo fizesse mal o pintinho nasceria enfartado”, conclui Puppin. (A.I.Asgav)
Ovo – a tendência é aumentar o consumo Na capa da revista Seleções Reader`s Digest, edição de setembro/2002, vemos a seguinte chamada: Depois desta chamada, tem uma foto de um ovo cozido e uma barra de chocolate. Reproduzo abaixo o texto contido nas páginas 75 e 76 desta edição, pois considero interessante para divulgação e concientização dos consumidores de ovos, ou ainda para aqueles que temem o seu consumo: por Maureen Callahan Ovo. “Anos atrás, meu colesterol era alto, cerca de 230”, conta Dee Torza, 39 anos. “O médico me disse que cortasse da dieta ovos e outros alimentos ricos em colesterol, mas a taxa não se alterava.” Quando Dee trocou de médico e adotou um programa de alimentação atualizado, que incluía ovos, a taxa caiu para um nível saudável. “Eu como ovos com frequência e o nível do meu colesterol está normal”, diz ela. Hoje as orientações dietéticas da Associação Americana do Coração permitem o consumo de um ovo por dia. E o colesterol ? Não se pode ignorá-lo, mas, como muitos estudos mostram, as gorduras saturadas são verdadeiras responsáveis pelo aumento do colesterol no sangue; um ovo tem a quantidade insignificante de 1,5 grama dessas gorduras. O que os ovos têm de fato são luteína e zeaxantina, dois antioxidantes que ajudam a prevenir doenças oculares, como a catarata. Os ovos são especialmente recomendados para mulheres grávidas, pois possuem grande quantidade de colina, substância imprescindível para o desenvolvimento do cérebro do feto. “Os ovos são ricos em nutrientes importantes”, diz Liz Applegate, pesquisadora de nutrição da Universidade da Califórnia. “Eles têm muitas proteínas e vitaminas do complexo B, além de outras substâncias benéficas. São muitos nutrientes para apenas 75 calorias”. (www.selecoes.com.br) – Marcos Banov Uniquímica. |