A falta de estabilidade para o mercado da carne suína deixa toda a cadeia atenta. Quando uma notícia chega, anunciando a ampliação das vendas, a resposta é imediata. O setor comemora, porém, mesmo com a certeza da comercialização, é preciso ter cautela e aguardar a compra efetiva.
Nas últimas semanas, o anúncio de que os Estados Unidos abriu as portas para a carne suína catarinense e brasileira deixou o setor animado. Mas é preciso segurar o plantel e garantir que não haverá carne em excesso no mercado. “Manter as produções que estão sendo feitas e tentar escoar o que está no mercado. Somente assim os suinocultores conseguirão interferir no mercado e equilibrar os preços”, destaca o presidente do Núcleo Regional de Criadores de Suínos do Rio do Peixe, Rudi Altenburguer.
Segundo a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), a atividade ainda sofre as consequências das crises passadas. “Viemos de um ano muito difícil para a suinocultura. Além do setor de carnes, o segmento dos grãos também interferiu muito para a atividade. Ainda estamos pagando as contas e longe de lucrar com a suinocultura, por isso precisamos agir com cautela para não reviver o mesmo problema”, afirma o membro do Conselho Fiscal da ACCS, Francisco Hildebrando Cordeiro.
A ACCS acredita que a união dos suinocultores pode ajudar a estabilizar o mercado. “Com a união é possível ajudar a equilibrar a atividade, agora é hora de segurar o plantel até que efetivamente o retorno seja sentido”, pontua o membro do Conselho Fiscal, Valdir Moraes.
Com cautela, é possível agir de forma estratégica. A ACCS acredita que 2012 pode trazer bons resultados à suinocultura. “Com essas boas notícias, a gente está com esperança de que 2012 realmente seja melhor que os últimos anos”, finaliza o vice-presidente da ACCS, Vilson Spessatto.