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Protesto

Vigília de avicultores

Criadores de frango fazem protesto devido ao atraso no pagamento da Doux Frangosul no Rio Grande do Sul.

Vigília de avicultores

A criação de frango, em aviários, tem sido apontada nos últimos tempos como um ótimo negócio, tanto para os produtores como para os municípios. Muitos agricultores melhoraram a qualidade de vida após ingressarem na avicultura, obtendo bom retorno. E para as prefeituras da região do Vale do Caí (RS), que tem incentivado e apoiado a construção de aviários, o retorno de ICMS é garantido, como se fosse de uma nova empresa.

Entretanto, os criadores que fornecem frangos para a Doux Frangosul tem reclamado do atraso nos pagamentos. Conforme Cátia Schu, que coordenou uma reunião na última segunda-feira, 1º de fevereiro, no ginásio da localidade de Campo do Meio, no interior de Montenegro, os problemas já ocorrem há cerca de um ano e quatro meses. “Estamos fazendo reuniões faz um ano, mas não recebemos resposta”, reclama, lamentando a ausência de representantes da empresa no encontro. A reunião contou com a presença de cerca de 130 integrados, dos Vales do Caí e Taquari. Alguns vieram de mais longe, como de Encantado, Lajeado e Estrela. E todos estão indignados. “Queremos receber em dia”, gritavam.

No meio de muita discussão, foi feita uma vigília ontem (02/02), na frente do frigorífico, em Montenegro. Se não houve resposta quanto aos pagamentos, a partir do dia 10 de fevereiro os avicultores não irão mais alojar pintos nos aviários, suspendendo a produção e entrega de frangos para abate.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montenegro, Romeu Krug, que informou a posição da empresa na reunião, disse que um novo cronograma de pagamentos deve ser informado na próxima segunda-feira, dia 8, com perspectiva de colocar em dia os débitos até o final de março. O atraso, segundo Krug, é de 87 dias, abrangendo todos os mais de três mil produtores integrados. Ele explicou que a Doux Frangosul tem liberado aos poucos os pagamentos dos produtores com maiores dificuldades financeiras, que tenham tido corte de luz e dívidas em bancos. A situação deve ser informada ao próprio Sindicato. A justificativa para o atraso, conforme Romeu, é a crise mundial e o câmbio do dólar que dificulta as exportações, mas diz que a empresa estaria tentando obter um financiamento para conseguir realizar os pagamentos.