Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Nutrição

Acerola compõe ração de aves

<p>Frangos de corte alimentados com o resíduo da indústria de sucos engordaram em média 10% a mais.</p>

Um trabalho de conclusão de curso técnico em Zootecnia da Etec “Professora Carmelina Barbosa”, do Centro Paula Souza, em Dracena (SP), testou e aprovou uma boa alternativa para a alimentação de aves de corte, que tem como base o bagaço de acerola. Tudo começou quando quatro alunos do professor de Processamento de Produto Agropecuário e de Produção Animal, Victor Eloy da Fonseca, visitaram uma indústria de sucos. Ao verem ali a quantidade de bagaço de acerola, aventaram a hipótese de trabalhar com o resíduo na alimentação animal.

Após uma análise bromatológica, constatou-se que o bagaço de acerola tem altos teores energético e de proteína, além de boa digestibilidade. A Fruteza, indústria visitada pelos alunos, financiou a pesquisa, feita com um plantel de 60 pintinhos.

As aves foram postas em ambientes idênticos em relação a luz, temperatura e estrutura, sendo separadas apenas por uma tela. Nos sete primeiros dias, foram alimentadas normalmente. Depois, foram divididas em dois grupos. Um recebia ração comercial e o outro, bagaço de acerola. Após 42 dias, as aves alimentadas com ração preparada com o bagaço da acerola tiveram ganho de peso vivo 9,4% maior. O peso da carcaça foi 12,8% maior.

O resultado foi animador e, após oficialmente comprovado, Fonseca e seus alunos foram incentivados a patentear a descoberta e ingressar com pedido de registro no Ministério da Agricultura, o que já está sendo providenciado, com auxílio da mesma indústria.

Produtores de acerola de Junqueirópolis (SP), considerada a capital da acerola, ficaram satisfeitos com o resultado e já aguardam uma amostra oficial da ração para ser exposta na 11ª Aceruva, a maior festa da fruta no País, que será realizada entre 8 e 12 de outubro. Professor e alunos já iniciaram pesquisas com bovinos e ovinos, também patrocinadas pela Fruteza, que até doou os animais. A indústria de suco descarta, por ano, 700 toneladas de bagaço de acerola. Os alunos que fizeram o trabalho orientados pelo prof. Fonseca foram André Evandro da Silva, Dimorvan Alencar dos Santos Lescano, Ewerton Guilherme dos Santos e Joilson Xavier de Moraes.