A participação do Brasil neste negócio vem crescendo desde 1997, quando a fábrica de Valparaíso foi implantada no interior de São Paulo. Além da expansão em andamento, que será finalizada em 2003, para produzir 48 mil toneladas, serão investidos USD 26 milhões para alcançar a capacidade de 72 mil toneladas por ano, a partir de 2005. Esta terceira ampliação conta com tecnologia de ponta em produção e também com investimento em preservação ambiental.
O mercado de lisina na América Latina dobrou desde a implantação da unidade brasileira de Valparaíso, o que permitiu a Ajinomoto liderar o mercado de lisina dos países do cone sul, desde 1997. Desde a primeira expansão, realizada em 2000, a empresa lidera o mercado na maioria dos paises da América Latina, o que será consolidado em 2003 com a ampliação em andamento.
Mas as matérias-primas ricas em carboidratos que compõem a maior parte da ração animal como milho, sorgo, trigo, triticale, milheto são altamente deficientes em lisina, sendo o nível de lisina em torno de 0,20 a 0,40% na matéria natural.
O farelo de soja, maior fonte protéica disponível para a alimentação animal, contém alto teor de lisina, em torno de 2,7 a 3,0%, existindo, porém, limitações econômicas e zootécnicas para a sua inclusão em rações.
A disponibilidade industrial da lisina oferece aos nutricionistas a possibilidade de alcançar as necessidades de lisina na alimentação de aves e suínos a um custo efetivo. Com a utilização da lisina, as formulas podem ser adaptadas em função do preço das commodities. Por exemplo, a lisina permite usar mais milho e sorgo quando existe grande oferta e reduzir significativamente o custo alimentar. Ao mesmo tempo, a lisina permite a diminuição do uso excessivo de proteína, facilitando a utilização de matérias-primas alternativas, tornando a atividade mais rentável sem prejudicar a conversão alimentar e o ganho de peso dos animais.