Redação SI 27/08/2001 08:40 – A Cooperativa Central Oeste Catarinense, detentora da marca Aurora, estabeleceu parceria com a empresa de capital espanhol Nutrifarma para fabricação de rações micropeletizadas para suínos. Este tipo de ração, em formato de pequenos cubos, requer alta tecnologia de produção e contém “elementos nutritivos que a tornam um produto nobre, com alto teor de digestão, que não ocasiona problemas intestinais, apresenta performance superior de ganho de peso diário e faz com que o leitão seja mais resistente a doenças”, explica o diretor de agropecuária do conglomerado Coopercentral, Gilberto Vasconcellos. Segundo ele, a ração micropeletizada faz com que o animal vá para o abate de 10 a 15 dias mais cedo.
A parceria tem como objetivo o ganho de qualidade na fase em que o leitão é jovem. “O leitãozinho é muito sensível e um dos segredos da suinocultura é criar bem o animal na fase jovem, pois com 65 dias e peso médio de 30 quilos, ele desenvolve-se rapidamente e, daí para frente, chega a 100 quilos em pouco tempo”.
Especializada em produtos para animais jovens, a Nutrifarma entrará com a tecnologia, mas a embalagem será da Aurora. A produção chegará a 300 toneladas/mês após os primeiros meses de consolidação e se destina ao sistema da empresa, formado por 14 cooperativas de produção agropecuária que, no conjunto, reúnem cerca de 40 mil produtores rurais. Não há perspectivas de elevar a produção de forma significativa com o tempo, pois o consumo destinado somente à fase jovem é pequeno.
A cooperativa não detém a tecnologia e os equipamentos para extrusão de milho e soja presente no segmento de micropeletizados, mas produz 400 mil toneladas/ano de concentrados, premix, núcleos e rações fareladas para suínos, aves e bovinos que em 2000 geraram o faturamento de R$ 125 milhões. Neste caso a parceria é com a Roche, que fornece apenas os microelementos minerais e vitamínicos. “O foco da Aurora é carne, a ração é um apoio da produção”, diz Vasconcellos. Ele afirma que apesar de o novo produto custar um pouco mais caro, a relação custo/benefício tem atraído os produtores. A comercialização começará em dez dias e, em Palmitos, já houve pedido de 12 toneladas de carga.