O Brasil quer alcançar os padrões europeus de nutrição animal, elevando o nível tecnológico das rações produzidas e comercializadas no País. A ideia é aumentar a utilização de enzimas e aminoácidos no processo produtivo e proporcionar redução de custos das indústrias de aves e suínos, maiores consumidores de ração no País.
Dados do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) – sociedade científica de pesquisas sobre o tema – mostram que, em média, 50% da ração produzida no Brasil utiliza algum tipo de tecnologia. Para Márcio Ceccantini, secretário geral da entidade, a indústria trabalha para elevar esse percentual para 80% em até três anos. “Há quatro anos esse percentual não chegava a 10%. O mercado evoluiu muito e ainda tem espaço para avançar mais, principalmente com os novos produtos que estão chegando”.
Segundo Ceccantini, o uso de enzimas e aminoácidos nas rações representa uma redução de até 2% no custo de produção de aves e suínos quando comparado à ração sem a tecnologia. “Pode parecer pouco, mas a alimentação de aves e suínos representa 70% do custo total. Qualquer redução nesse item tem um peso muito grande”, afirma Ceccantini, ao lembrar que 90% dessas enzimas e aminoácidos são importadas da Europa, principalmente da França e da Espanha.