Redação (23/04/07) – Para que a casca se forme adequadamente a ave tem que consumir cerca de 4,1 g de Ca por dia, valor que corresponde à necessidade desse mineral para formar a casca, depositar na gema, repor as perdas teciduais e manter a homeostasia iônica, a qual é regulada pela concentração plasmática da forma ionizada do Ca. Ao contrário do que se pensava, no quarto final do período produtivo, de primeiro ou segundo ciclos, a exigência de Ca é um pouco menor, 4,0 g por dia. Não é, portanto, o aumento do mineral que vai melhorar o problema de casca que ocorre com a idade avançada da poedeira, mas o balanço adequado dos minerais e, por conseqüência, o equilíbrio eletrolítico.
Enquanto o requerimento de Ca para as poedeiras é bem estabelecido, ainda existem dúvidas em relação à forma que deve ser fornecido à ração. O cálcio deveria ser suplementado com matérias primas mais volumosas e menos pulverulentas do que o calcário padrão, principalmente no verão e na fase final do ciclo produtivo. A recomendação recai sobre o uso de calcário calcítico tipo pedrisco ou farinha de ostra, em partículas grandes (2 a 4 mm) na ração, que propiciaria a liberação do Ca de uma maneira mais lenta, tornando-o disponível no pool plasmático durante o processo noturno de formação da casca. Outra alternativa é fornecer parte da dieta diária no final do dia, cerca de 2 h antes do entardecer ou 4 h antes do apagar das luzes do aviário.
Gonçalo Palone, Zootecnista
Universidade Uniquímica.