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Combate às micotoxinas

<p>Ozonização e vacinas podem se tornar alternativas em futuro próximo. Santúrio destacou pesquisas com estes meios durante Simpósio realizado em Itu (SP).</p>

Da Redação 05/12/2005 – O pesquisador Jânio Santúrio, do Laboratório de Pesquisas Micológicas (Lapemi), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), apresentou em sua palestra “Os efeitos das micotoxinas sobre a saúde animal 

Jânio Santúrio, pesquisador da UFSM

e a indústria de rações” duas alternativas que vêm sendo estudadas para o combate a estas substâncias produzidas pelo metabolismo secundário dos fungos e que são tóxicas aos humanos e aos animais. A palestra foi proferida durante o I Simpósio Brasileiro de Micotoxinas, promovido pela BioScan Diagnóstica em Itu, interior de SP, nos dias 01 e 02 de dezembro.

Uma pesquisa que está sendo conduzida pelo Lapemi demonstrou que a aplicação de ozônio (O3), por meio de um processo conhecido como ozonização, é um eficiente redutor da toxicidade de Aflatoxinas em milho, principal matéria-prima na fabricação de rações para aves e suínos. O processo poderia ser realizado, por exemplo, no momento da entrada do milho nos silos. De acordo com Santúrio, o método é economicamente viável. Além disso, ele não utiliza nenhum componente químico, nem produz qualquer tipo de alteração no material que está sendo exposto a ele. O principal entrave estaria no fato de não se ter uma capacidade instalada para a produção de ozônio em alta concentração, como exigiria o processo.

Palestra Cerca de 50 pessoas acompanharam o Simpósio de Micotoxinas

O professor Santúrio também apresentou os primeiros resultados de um trabalho publicado por pesquisadores americanos da Universidade de Connecticut, o qual pode ser o primeiro passo para o desenvolvimento de uma vacina contra micotoxinas. “Eles conseguiram induzir a formação de anticorpos contra Aflatoxina”, aponta Santúrio. Segundo o pesquisador, este é o primeiro passo para uma futura vacina. “Acredito que nos próximos 10 anos deveremos ter disponíveis vacinas contra Afaltoxinas”.

Evento – O I Simpósio Brasileiro de Micotoxinas reuniu cerca de 50 pessoas oriundas de SP, RS, SC e PR, todas ligadas à indústria de alimentos e de ração animal. “Nosso objetivo foi trazer pesquisadores que são referência no assunto e promover este contato com os profissionais que atuam diretamente na indústria”, ressaltou Ricardo Mesquita, diretor Comercial da BioScan Diagnóstica, promotora do evento.

A BioScan atua com produtos e equipamentos para análises micológicas e também voltados ao diagnóstico clínico, à indústria e à pesquisa. No Brasil, ela representa a Bio Rad, coligada ao Instituto Pasteur na França e que atua no segmento de biologia molecular, e a Romer Labs, única empresa a oferecer todas as opções para análises de micotoxinas.