Redação (27/03/07) – Depois do sucesso da primeira edição realizada em 2005, a FAO/ONU (Food and Agricultural Organization/Organização das Nações Unidas) e a IFIF (International Feed Industry Federation) realizarão no Brasil, pela segunda vez, o Global Feed & Food Congress, evento organizado pelo Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal). Com o tema “Sustentabilidade: Produzindo para o bem-estar de todos com qualidade, segurança, responsabilidade, preservando o meio ambiente”, o evento acontecerá em São Paulo, de 16 a 18 de abril de 2007.
O II Global Feed & Food Congress, assim como o primeiro, vai contar com a presença de participantes de países produtores e consumidores, especialmente dos Estados Unidos, da União Européia, América Latina e China. “Em 2005, o Congresso abriu caminho para soluções práticas. Com a produção de alimentos seguros e a adoção de Boas Práticas de Fabricação, respeitando o meio ambiente, vamos reduzir o desperdício, aumentar a rastreabilidade, certificação, melhorar a qualidade de vida, o bem-estar das pessoas e o preço dos alimentos, gerar mais empregos e aumentar a demanda interna e externa”, afirma Mario Sergio Cutait, presidente da Sindirações.
Para este ano, Cutait tem perspectivas muito positivas. “O primeiro Congresso foi um sucesso e a prova disso é que a FAO e a IFIF validaram a realização da segunda edição em nosso País. Sem dúvida, sairemos deste encontro mais perto de superarmos os grandes desafios do setor”, completa o executivo.
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O evento contará com mais de 40 palestrantes internacionais. Entre eles estão William Doyle, CEO da Potash Corporation; Brian Knudson, gerente Global de Marca-Negócios Suínos da Cargill Animal Nutrition, e Erik Peek, diretor presidente do Rabobank International Brazil. Entre os palestrantes nacionais, um dos destaques é Ana Lúcia Suzuki, da BASF, que falará sobre programas sociais.
Além disso, especialistas como Fred Stephens, presidente da IFIF; José Graziano, representante da FAO/ONU para América Latina; Tito Díaz, diretor de produção e saúde animal da FAO para a região; Martin Tielen, presidente da FEFAC (Federação Européia dos Produtores da Alimentação Animal); e Gretchen H. Stanton, da Organização Mundial do Comércio, discutirão temas ligados a toda a cadeia produtiva do alimento. As inscrições já podem ser feitas via internet no site www.globalfeed-food.com.br. A programação completa do evento também está disponível neste endereço.
Com investimentos de aproximadamente R$ 1 milhão para sua realização, o II Global Feed & Food Congress conta ainda com importantes patrocinadores, como o banco de investimentos holandês Rabobank e as empresas da cadeia de alimentos PotashCorp, Purina (Cargill Nutrição Animal), BASF, Monsanto e Bunge.
Realizada em junho de 2005, também em São Paulo, a primeira edição do Congresso reuniu cerca de 500 pessoas, provenientes de 39 países. Palestrantes e público discutiram questões que devem aparecer novamente no próximo encontro, ligadas a todos os segmentos da cadeia produtiva: desde fabricantes de alimentos para animais, agroindústrias, indústria química e veterinária, criadores, indústrias de alimentos, atacadistas e varejo até médicos e nutricionistas, entidades governamentais, instituições de pesquisa e ensino, entre outros segmentos.
Sustentabilidade
Tida como um dos grandes desafios da atualidade, a sustentabilidade vai permear as discussões da segunda edição do Global Feed & Food Congress. Como produzir alimentos para todos respeitando o meio ambiente e assegurando o bem-estar da população? Essa questão torna-se, cada vez mais, uma preocupação da sociedade civil em todo o planeta. Palestrantes e convidados esperam encontrar uma resposta, pois há 826 milhões de pessoas desnutridas atualmente, sendo 792 milhões nos países em desenvolvimento. Além disso, existe uma previsão de que a população mundial cresça mais de 50% até meados deste século, chegando a 9 bilhões de pessoas.
E quem é o grande celeiro para alimentar a população mundial?
Atualmente, o Brasil é o terceiro país produtor de alimentos para animais – são 47 milhões de toneladas produzidas por ano – atrás somente da produção dos Estados Unidos e da China. O agronegócio brasileiro responde por 1,8% do PIB, e movimenta mais de US$ 9 bilhões por ano. O setor de alimentação animal exporta, anualmente, o equivalente a US$ 49,9 milhões, segundo dados do SINDIRAÇÕES, que comemora os resultados positivos dos últimos anos. A indústria de alimentação animal cresceu 8,6% em 2005, contra os já expressivos 6,5% do ano anterior.
Com população superior a 186 milhões, o Brasil tem hoje um dos maiores mercados consumidores do mundo. Aproximadamente 80% da produção brasileira de alimentos é consumida internamente e apenas 20% é embarcada para mais de 209 países.
Sobre a FAO/ONU
Criada em 1945, a FAO tem como objetivo ajudar países em desenvolvimento a aumentar sua produção agrícola de forma sustentável, melhorando o acesso da população a alimentos saudáveis e seguros.
Sobre a IFIF
Fundada em 1987, a International Feed Industry Federation foi criada com o objetivo de reunir associações de todo o mundo que estejam envolvidas na produção de alimentos para animais. Entre as suas principais missões está a organização de fóruns regionais e internacionais para debates científicos, técnicos e comerciais.
Sobre o SINDIRAÇÕES
O SINDIRAÇÕES, Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal, foi fundado em 1953, e é hoje o principal representante da indústria brasileira de ingredientes, premix, suplementos e rações para animais. Com sede em São Paulo, no edifício da FIESP, a entidade reúne cerca de 130 associados – que representam mais de 80% do mercado comercial de produtos destinados à alimentação animal –, e tem como parceiros a ASBRAM, Associação Brasileira da Indústria de Suplementos Minerais, e a ANDIFÓS, Associação Nacional para Difusão de Fontes de Fósforo na Alimentação Animal.
