As fábricas de ração nas operações de produção de frangos de corte, postura e suínos recebem e manuseiam diariamente quantidades de grãos e outros macros ingredientes que chegam à cifra de milhares de toneladas por dia.
Não há como receber, manusear e processar essa quantidade de ingredientes sem causar emissão de pó.
A poluição do ar e o seu controle é um assunto extremamente complexo.
A legislação federal, local e por vezes uma vizinhança, cada vez mais determinam níveis crescentes de controle para atingir e manter níveis adequados da qualidade do ar.
A preocupação dos órgãos públicos sobre a poluição do ar e os seus efeitos sobre a comunidade ou a saúde do pessoal tem afetado inclusive a expansão ou construção de fábricas de ração em alguns locais.
A quantidade de pó gerada é uma função das características do material, incluindo umidade, densidade, textura, – e também das características de operação de equipamentos, como por exemplo, moagem, mistura, e principalmente vazão e tipos de equipamentos de transporte.
Em determinadas circunstancias e concentrações, o material particulado pode ter muitos efeitos prejudiciais, como por exemplo:
- Causa de explosões em áreas confinadas
- Toxidez para pessoas e animais como resultado de interferência física nas vias respiratórias
- Agravamento de sintomas de indivíduos com deficiência respiratória
- Prejuízo da visibilidade no local da emissão
- Causa de sujeira constante pela fábrica toda – e proliferação bacteriológica
Tipos de operação e fatores típicos de emissão de pós (partícula = 10 microns)
Recebimento em moega (granel) – 2,7 kg pó / tonelada métrica
Transportes / Manuseio – 1,3 kg/ pó / tonelada métrica
Expedição de farelos – até 0,5 kg/ pó / tonelada métrica
Via de regra, tombadores de caminhões produzem grande quantidade de pó em suspensão no ar, pois o fluxo do que está sendo despejado não é controlável. . Nesse caso especifico, cabines de aspiração que envolve todo o caminhão são recomendadas:
Sistema de transporte de material
Quando se transporta materiais através de roscas, redlers, drags, elevadores ou esteiras, é inevitável transportar também o ar, que estará carregado de partículas finas de pó.
Uma solução possível é a instalação de filtros horizontais ou verticais no corpo dos equipamentos de transporte:
Temos sempre que ter em mente que o produto que está sendo transportado sempre vai ser carregado junto com o ar, e esse ar ao chegar dentro de um silo de dosagem ou processo tem que sair por algum lugar.
Se não houver filtros aspirados ou mesmo mangas filtrantes de bom tamanho (bem dimensionadas) nesses silos, a pressão gerada vai fazer o ar carregado de pó sair por qualquer fresta que encontrar- e isso tornará o ambiente dentro da fábrica bem sujo, perigoso, e insalubre…
O dimensionamento dos diversos tipos de filtros é uma ciência e demanda cálculos de volume de ar, tipo e tamanho de partículas do pó, e tamanho e tipo de área filtrante em m2.
Determinar o porte e tipo de um filtro por experimentação pode até funcionar, mas frequentemente sai mais caro do que fazer a coisa tecnicamente correta logo da primeira vez.
(1) Coletador de pó tipo cartucho com fluxo de ar descendente,
(2) Filtro “Bin-Vent” tipo mangas,
(3) Filtro “Bin-vent” tipo cartucho,
(4) Filtro tipo cartucho com remoção pela parte superior,
(5) Filtro/receptor a vácuo tipo cartucho.
Processos de manuseio, abastecimento e dosagem de micro ingredientes e premixes.
Esses ingredientes são por natureza bem micros particulados, e a geração de pós (e prejuízos) são inevitáveis se não houver equipamentos de controle de emissões adequados.
Em resumo, controlar a emissão de pó em uma fábrica não é apenas uma questão de cumprir com uma legislação “chata”.
Reduzir ou eliminar a insalubridade de um ambiente, minimizar riscos de explosão de pó, manter a fábrica limpa evitando proliferação bacteriológica e reduzir as perdas de matérias primas e produtos acabados é que são os verdadeiros alvos de um gerente comprometido com a qualidade total da sua operação.
SUCESSO!