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Farinha de carne

Sincobesp quer "cultura de qualidade" na produção de farinha de carne no País.

Da Redação 15/03/2004 – 11h38 – O Sincobesp – Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal – está preocupado em controlar e intensificar a adoção de medidas de higiene e de qualidade na produção da farinha de carne no país.

Nesse sentido, o sindicato reuniu, em São Paulo, empresários do setor para: 1) discutir a regulamentação do “selo de qualidade” do setor; 2) agilizar o cumprimento da instrução normativa n 15 (conjunto de normas estabelecida em portaria do Ministério da Agricultura que determina procedimentos higiênicos e sanitários e de esterilização); 3) ficar atentos aos reflexos da doença da vaca louca (BSE).

Esses assuntos foram discutidos ontem, durante todo dia, entre representantes do governo, de empresas coletoras de sebo e osso animal, empresas frigoríficas e produtoras de ração animal de todo país durante o 3 Workshop sobre Subprodutos de Origem Animal.

Dados indicam que existe no Brasil uma oferta de subprodutos de origem animal equivalente a 4 milhões de toneladas/ano, potencial esse para ser transformado em insumos para a fabricação de rações. Isso corresponde a um volume de negócios da ordem de R$ 2 bilhões/ano.

As farinhas de carne e ossos representaram em 2003 uma fatia de 3,71% de cerca de 44 milhões de toneladas de rações produzidas no país. A participação total dos subprodutos animais (farinhas e gorduras) nessas rações animais de produção gira em torno dos 6%, o que é próximo ao valor ótimo de inclusão nutricional.

Durante o encontro foi ressaltada a urgência de se implantar programas de monitoramento e de boas práticas de fabricação de ingredientes e de produção animal. Ou seja, o cumprimento dos aspectos ligados a segurança alimentar, desde o campo até o consumidor. Para seguir na prática a todos os requisitos dessa produção, a recomendação aos produtores foi de que respeitem a norma à Instrução Normativa número 15, de 30 de novembro de 2003, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Também em pauta no evento esteve a criação de um selo de qualidade. Nessa ação inovadora, o Sincobesp visa conceder um certificado às empresas coletoras e processadoras de resíduos de animais destinados à produção de farinha animal.

A idéia é promover ao segmento o desenvolvimento de uma cultura de qualidade, que busca um ambiente seguro, eliminando os riscos de contaminação do produto. Essa certificação estará disponível aos associados do sindicato, que para obterem a marca deverão ter suas plantas produtivas auditadas de acordo com critérios pré-estabelecidos e baseados na legislação vigente. Os produtores também terão seus produtos analisados para verificação das características determinadas no programa. A ação, que não tem caráter elitista, conta com o apoio da SGS do Brasil, empresa certificadora internacional.