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Lisina - Aminoácido essencial para poedeiras

O avanço do conhecimento das necessidades protéicas proporcionou a formulação de dietas, visando obter o conteúdo necessário de aminoácidos essenciais e não essenciais, passando o nível protéico a ter importância secundária.

Redação AI (Edição 1113/2003) – A lisina não é sintetizada pelas aves em quantidade suficiente à sua utilização e deve ser fornecida na sua dieta, por isso, é denominada de aminoácido essencial.

No início dos estudos das dietas para poedeiras, a ferramenta que possuíamos para avaliar a qualidade protéica de uma dieta para poedeiras era a proteína bruta. Com avanço nas pesquisas nas últimas décadas, hoje são conhecidos os requerimentos de todos os aminoácidos essenciais para cada fase das galinhas de postura. Portanto, não necessitamos mais utilizar o conceito de proteína bruta nas formulações, sendo possível elaborar dietas para satisfazer as necessidades de todos os aminoácidos essenciais: lisina, metionina, treonina, triptofano, arginina, isoleucina, valina e outros.

A suplementação de aminoácidos industriais como a L-Lisina HCl 99% têm proporcionado oportunidades de redução dos custos de formulação das dietas, fator fundamental neste segmento de produção de proteína animal extremamente competitivo. Outros efeitos positivos estão relacionados com o desempenho e a  produção e também estão sendo investigados efeitos dos aminoácidos suplementares na melhora dos componentes dos ovos. O resultado desse refino na nutrição protéica das poedeiras foram dietas mais econômicas, elaboradas e sem excesso de proteínas.

Utilização de L-Lisina nas rações de poedeiras

O farelo de soja é o maior fornecedor de lisina nas rações. A suplementação de L-Lisina iniciou-se devido:

– Melhor conhecimento da composição das matérias-primas,
– Maior domínio dos requerimentos nutricionais dos aminoácidos,
– Avanços tecnológicos proporcionando redução dos custos de produção de L-Lisina.

Portanto, todos esses fatores viabilizaram comercialmente e tecnicamente a utilização da L-Lisina nas rações de aves, proporcionando uma diminuição nos custos da dieta (Figura 1).

Figura 1. Exemplo de formulação de uma ração com e sem L-Lisina HCl 99%

      

Um dos primeiros passos para o melhor conhecimento da composição das matérias-primas foi o conhecimento e domínio do contéudo de aminoácidos totais e digestíveis dos alimentos (Tabela 1). Outro passo importante, foi a determinação do requerimento dos aminoácidos digestíveis, certificando quanto efetivamente esses aminoácidos são utilizados pelas aves.

Na Tabela 1, podemos observar o conteúdo de lisina total e digestível de alguns alimentos. O valor de aminoácido digestível é a melhor medida para expressar a quantidade de lisina utilizada pelas aves.

Tabela 1 – Conteúdo de lisina total e digestível de alguns alimentos para aves

Na Figura 2, podemos verificar parte dos resultados de um estudo com suplementação de aminoácidos (L-Lisina HCl 99% e Metionina) e redução protéica. Não houve diferenças nos parâmetros  conversão alimentar, peso do ovo e produção de ovos, observando ainda, uma melhora na conversão alimentar (dúzia de ovos/kg de ração) e produção de ovos.

Figura 2. Resultados de produção de poedeiras de 18 a 32 semanas de idade alimentadas com duas dietas antes e pós pico de produção (Andrade et al. 2003)

Portanto, com a utilização de lisina e metionina suplementar nas rações é possível adequar os requerimentos nutricionais, diminuir o excesso de proteína bruta e reduzir os custos das rações.

Conclusão

A utilização de lisina industrial em dietas de poedeiras em produção é viável trazendo os seguintes benefícios:

– Redução dos custos de formulação;
– Desempenho da ave igual ou melhor, conforme as condições de criação;
– Redução do custo alimentar
– Diminuição da proteína bruta e consequentemente redução da excreção de nitrogênio e produção de amônia melhorando o ambiente da criação.

* DS Ajinomoto Biolatina