Representantes de diversos países, que correspondem 80% da indústria mundial de alimentação animal, reuniram-se na primeira quinzena de outubro em Roma, na Itália, na Conferência FAO/IFIF (Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e International Feed Industry Federation). A vasta agenda de discussões girou em torno dos objetivos: redução da fome no mundo aumentando a disponibilidade de proteína animal, segurança e qualidade dos alimentos de origem animal e sustentabilidade do planeta.
Em sua apresentação, Julio Neves destacou as ações da FeedLatina para garantir que até 2050 a região da América Latina e Caribe tenha condições de duplicar esta produção. Para isso, destaca o diretor da Poli-Nutri, será necessário reduzir barreiras tarifárias e sanitárias, acabar com as várias estâncias burocráticas, harmonizar o ambiente regulatório inter-países e passar a discutir cientificamente as abordagens tecnológicas da produção de alimentos animais.
Segundo Julio Neves, não há dúvidas para o mundo que a América Latina, especialmente o Brasil, deverá ser responsável por fatia cada vez maior da produção global de alimentos, mas ainda há muito trabalho a ser feito. “As realidades de produção são diferentes. O que é praticado na Europa, por exemplo, não necessariamente dará certo aqui. Por isso é preciso maior flexibilidade das potências mundiais para conseguirmos atingir um objetivo maior, que é produzir alimento em quantidade suficiente para atender a crescente demanda mundial”, conclui Julio Neves.
Fundada em 2007, a Associação das Indústrias de Alimentação Animal da América Latina e Caribe (Feed Latina) é formada por cinco países (Brasil, Argentina, México, Uruguai e Cuba). Seu objetivo é ser fonte de informação e preparação do setor produtivo a fim de assegurar a competitividade da região, a segurança alimentar e a maior disponibilidade de proteína animal.