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Micotoxinas na ração

O que fazer quando a ração dos suínos está contaminada por micotoxinas?

Redação SI 29/04/2002 – Geralmente o produtor só percebe a contaminação da ração quando começam a surgir os primeiros sintomas nos suínos (rejeição da dieta, distúrbios nervosos, aumento de nati-mortos, queda no desempenho produtivo e reprodutivo etc).

E para saber se a contaminação é por micotoxinas (e qual delas está agindo na ração) é necessário que o produtor envie uma amostra do alimento a um laboratório especializado. Outra forma de diagnóstico é por meio da necrópsia dos animais mais infectados. Durante esse período é recomendado que o produtor troque toda a ração fornecida aos suínos. “Esta é uma medida pouco viável economicamente, embora seja a ideal”, diz Ivan dos Santos, gerente da Süd-Chemie. Para ele, o uso de produtos adsorventes trazem bons resultados nestes casos. “Um adsorvente não vai fazer com que os animais produzam mais do que produziriam se não ingerissem ração contaminada, mas irá evitar que esses animais continuem produzindo abaixo do esperado”.

Os adsorventes agem como uma espécie de imã que atrai as micotoxinas. Esse processo ocorre dentro do sistema digestivo do animal, evitando a absorção da micotoxina. “Os adsorventes têm uma vasta área de superfície e moléculas específicas para se ligarem às micotoxinas, neutralizando-as e as levando para fora do organismo do animal”, diz Jung Fu Wu, presidente mundial da Cenzone Tech.

A eliminação ocorre por meio das fezes e urina. Mas ao adquirir um produto é necessário verificar se ele não irá “sequestrar” vitaminas e drogas do organismo do suíno.

Para o professor Jânio Santúrio, da Universidade de Santa Maria (RS), o adsorvente é uma ferramenta útil e boa para determinadas situações, principalmente quando não se tem nenhum controle técnico e de qualidade sobre a ração ou insumo, tanto na hora da compra quanto na estocagem. “Mas obviamente você vai agregar custo à produção”, avisa. Uma das situações mais indicadas é o uso na ração servida na fase inicial de vida do animal, quando uma intoxicação pode trazer perdas maiores no futuro desempenho produtivo.