Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Nutrição do Suíno Moderno

<p>Confira artido da Dra. Francine Taniguchi Falleiros e Anália Maria Ribeiro da Silva, as autoras do artigo são assistentes de Pesquisa e Desenvolvimento da Tortuga Cia. Zootécnica Agrária.</p>

Redação (28/03/07) – A constante preocupação em melhorar e aumentar a produtividade da suinocultura e reduzir os custos com alimentação leva os nutricionistas a pesquisar cada vez mais e aprimorar o conhecimento das características dos alimentos, além de suas limitações físicas ou químicas, para que possam ser incorporados adequadamente às formulações de rações para suínos.

Hoje, para atender às necessidades nutricionais dos suínos modernos, é necessário conhecer a composição química dos ingredientes e a disponibilidade dos nutrientes, bem como os valores de digestibilidade, para se obter o máximo desempenho dos animais e o bom retorno econômico.

Com a grande diversidade de alimentos existente e de subprodutos utilizados nas formulações de rações, fica evidenciada ainda mais a necessidade de se conhecer os valores nutritivos e energéticos de cada tipo de alimento, para se obter melhor aproveitamento e utilização, pois o conhecimento dos valores, composição química, energética e digestibilidade de nutrientes, além de necessária, é essencial na busca de redução dos custos e da melhor produtividade.

Entretanto, com a diversidade desses alimentos e o melhoramento genético dos suínos, é possível adequar e manejar a alimentação de modo a obter melhor aproveitamento e, conseqüentemente, melhores carcaças, com redução de gordura e dos custos de alimentação.

Geralmente, a quantidade de alimento na fase de crescimento e terminação, quando oferecido à vontade, é compensada conforme o nível de energia da dieta. Porém, como as exigências nutricionais dos animais foram determinadas de acordo com alimentação à vontade, quando se aplica à restrição alimentar é necessária atenção especial à relação de aminoácidos com a energia, para que não ocorram perdas na deposição de músculos. Com isso, para se obter carcaça de melhor qualidade é necessário diminuir o consumo de energia e adequar o consumo de lisina ao de energia.

Com a formulação baseada na proteína ideal, não observamos o desbalanceamento de aminoácidos, melhorando com isso a eficiência de utilização dos nutrientes e, assim, minimizando a conversão destes em gorduras – que por sua vez são depositadas na carcaça.

Atualmente, para se obter adequado crescimento muscular é necessário que exista relação entre a lisina e a energia digestíveis, uma vez que há interação entre esses fatores e a deposição de proteína na carcaça.

A exigência de lisina para a deposição de carne é maior, pois essa necessidade segue paralelo com o desenvolvimento de linhagens modernas, produtoras de carne. Porém, observa-se também alteração nas relações entre lisina, treonina e triptofano e, com isso, na taxa de deposição de lipídios e proteína na carcaça de suínos. Assim, o ajuste da relação entre os aminoácidos permite que ocorra a diminuição dos excessos de proteína nas dietas, reduzindo a espessura de toucinho e aumentando a velocidade de ganho de tecido muscular.

O suíno moderno apresenta considerável potencial genético de ganho e eficiência de conversão alimentar. Entretanto, se não existir interação entre nutrição e desenvolvimento genético, este potencial não é atingido, ocorrendo ainda redução do ganho de peso e piora da conversão alimentar. É necessário salientar que a nutrição desempenha papel fundamental na determinação da eficiência da produção. As dietas devem ser formuladas e ajustadas de acordo com a genética e cada fase da vida do animal, procurando otimizar o apetite, estimular o sistema imunológico e garantir a maior qualidade da produção.