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Penas de galinha adicionadas à ração

A função dela é quebrar quimicamente a queratina em produto solúvel, que será depois digerido pelo sistema digestivo dos animais.

Redação AI 27/05/2002 – As penas de frango, um subproduto das avícolas, podem ser incorporadas como matéria-prima na produção de ração. O primeiro passo para esse nobre uso foi dado pelos pesquisadores do Laboratório de Enzimologia da Universidade de Brasília (UnB), coordenados pelo professor Carlos Roberto Felix. Eles desenvolveram um processo em que a queratina, proteína constituinte da pena de frango, é transformada pela ação de uma enzima (protease). Essa enzima é produzida por células da levedura Pichia pastoris transformada com um gene do fungo Aspergillus fumigatus. A função dela é quebrar quimicamente a queratina em produto solúvel, que será depois digerido pelo sistema digestivo dos animais. Com isso as penas deixam de ser inadequadas para ração animal, embora contenham vários nutrientes , como potássio, cálcio, enxofre e cobre. O processo está em fase inicial de patenteamento pelo Centro de Desenvolvimento de Tecnologia da UnB. Atualmente, a pesquisa é objeto da tese de doutorado de Eliane Noronha, aluna do programa de pós-graduação em Biologia Molecular de UnB. O projeto recebeu recursos diretos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).