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PR inova metodologia de produção para melhorar bem estar avícola

<p>O novo sistema, conhecido por dark house, consiste em uma tecnologia que estabelece um controle rigoroso na limitação da luminosidade e temperatura.</p>

Redação (30/11/2007)- O estado do Paraná está modificando o sistema de produção avícola a partir de melhorias nos sistemas de iluminação e de temperatura dos aviários, de acordo com as novas tendências exigidas pelo mercado em termos de sanidade animal, com conseqüente redução da mortalidade das aves e economia.

O novo sistema, conhecido por dark house, consiste em uma tecnologia que
estabelece um controle rigoroso na limitação da luminosidade e temperatura, permitindo ao produtor deixar as aves no escuro por 12 horas do dia e outras 12 sob luz artificial, por meio de lâmpadas que acendem e despertam os pintainhos para o consumo da ração e água. Duas ou três horas depois, o sistema
automatizado desliga a iluminação elétrica e isso permite as aves se acalmarem.

"Além disso, cortinas de lonas impedem a entrada de sol no aviário, repetindo o processo 24 horas por dia", explica a coordenadora da World Society for the

Protection of Animals (WSPA), Charli Ludtke.

O sistema dark house é utilizado com sucesso em mais de duzentas granjas avícolas do Paraná, contribuindo para melhor conforto as aves. Segundo o
presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do estado, Domingos Martins, com menos estresse as aves se machucam menos e tem um desgaste menor.

Com isso há uma economia também, pois o ciclo produtivo pode ser reduzido de 42 para 40 dias. Há também queda na mortalidade, de 6% para 4%. "A quantidade de  ração utilizada cai em razão do menor número de dias que as aves ficam no aviário e, com aves calmas, é possível colocar mais animais por metro  quadrado", explica.

De acordo com Charli Ludtke, além da indicação de sistemas mais modernos,há diversos mecanismos que podem ser adotados para melhorar o bem-estar das aves nas várias etapas que antecedem o abate. "Os galpões de entrada dos frigoríficos precisam ser ventilados e cobertos, de maneira a reduzir a
temperatura das aves no momento de chegada dos caminhões carregados de aves, o que diminui o nível de estresse e contribui para uma menor mortalidade",
explica.

Charli destaca que a melhor forma de fazer a distribuição de ar e por meio de ventiladores em alturas diferentes, que contribuem para a dispersão do calor
de forma uniforme, bem como da umidade. "É preciso fazer um monitoramento constante das condições pois uma umidade acima de 75% e temperaturas acima de 35 graus centígrados são de alto risco para as aves", acrescenta.