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Uso de carboidratos específicos como novos aditivos na alimentação animal

Veja artigo adaptado de Peter Spring e Yrina Colina, do Colégio de Agricultura da Suíça e Alltech Venezuela, respectivamente.

A saúde do sistema digestivo é fundamental para que se obtenha um ótimo rendimento na produção animal. O sistema digestivo é muito suscetível à presença de patógenos no organismo, devido à sua ampla superfície e alta carga microbiana. A ampla superfície é necessária para otimizar a absorção de nutrientes, permitindo a transferência passiva dos nutrientes para o sangue. O intestino encontra-se protegido apenas por uma camada de células epiteliais e, infelizmente, essa fina camada não apenas facilita a transferência de nutrientes, mas também debilita o trato digestivo e não evita que os patógenos penetrem no organismo.

Por isso, existem outros sistemas que protegem o sistema digestivo. Um elemento chave na defesa desse sistema é a microflora endógena. Através de diferentes mecanismos, as bactérias benéficas limitam o crescimento de patógenos, eliminando-os do sistema. Essas bactérias benéficas competem com os patógenos pelos sítios de adesão e também pelos nutrientes. Além disso, reduzem o crescimento dos patógenos através da diminuição do pH do trato digestivo pela produção de ácidos orgânicos, ou pela excreção direta de substâncias antimicrobianas, como as bacteriocinas.

As restrições da utilização de alguns antibióticos promotores de crescimento, os quais ajudavam a manter a saúde intestinal, constituem agora um grande desafio nos sistemas de produção animal. Considerando isso, tornam-se necessários novos enfoques para limitar a concentração de patógenos no trato gastrointestinal. Pesquisas científicas têm demonstrado os benefícios de se utilizar mananoligossacarídeos (MOS) para aumentar as defesas imunitárias do animal. Na época atual, em que os consumidores são altamente críticos ao julgar as técnicas de produção animal, qualquer alternativa natural que melhore os mecanismos de defesa do animal deve ser incorporada ao sistema.

Devido à estrutura da manose (manoproteínas), esta afeta a aderência bacteriana ao trato gastrointestinal. Os patógenos presentes no intestino colonizam as vilosidades intestinais e as membranas pilosas da parede intestinal.
Ao serem imobilizados, os patógenos não conseguem se reproduzir e são excretados, reduzindo assim sua população no intestino. Isso resulta em uma superfície intestinal com vilosidades regulares e saudáveis, capazes de absorver eficientemente os nutrientes e promover uma melhor saúde e rendimento animal.

Considerações finais
Os açúcares desempenham um papel fundamental no funcionamento das células. Os mananoligossacarídeos, através de sua capacidade de imobilizar os patógenos e modular a resposta imune, são capazes de interagir com a microflora gastrointestinal, permitindo que os animais combatam as infecções antes que estas se tornem um problema.  Centenas de dados científicos disponíveis na literatura demonstram que os MOS promovem melhoras significativas na saúde e rendimento animal.