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Alta no mercado de ovos

Segue aumento dos custos de produção. No Paraná alta chega a 14%.

Redação AI 09/12/2002 – Em novembro, no Estado do Paraná, o preço médio da caixa de 30 dúzias do ovo tipo grande ao produtor ficou em R$ 29,68, uma alta de 14% sobre o preço médio de outubro (R$ 26,03). Em relação a janeiro, verifica-se uma alta de 57,9%. Já, num comparativo com o mês de novembro de 2001, a alta atinge o percentual de 93,6%.

No atacado, em novembro, a caixa de 30 dúzias foi comercializada a R$ 34,33, 19,3% acima do preço médio estadual de outubro e 67,6% acima do valor praticado em janeiro de 2002. De novembro do ano passado até novembro de 2002, a alta foi de 74,9%.

No varejo, o preço médio praticado no Estado em novembro foi de R$ 1,76 pela dúzia do ovo tipo grande, 25,7% maior que o preço médio de outubro (R$ 1,40/dúzia) e 47,9% acima do valor de janeiro de 2002 (R$ 1,19/dúzia). No mês de novembro de 2001, o preço médio praticado situou-se em R$ 1,22/dúzia, o que, em comparação ao preço médio vigente neste mesmo mês de 2002, dá um avanço de 44,3%.

São Paulo – Segundo a APOESP – Associação dos Produtores de Ovos do Estado de São Paulo -, o custo médio de produção de ovos (caixa de 30 dúzias, sem classificação), no início de dezembro, situou-se em R$ 41,12 , sendo que o preço ao produtor variou de R$ 27,00 a R$ 34,00 para os vários tipos de ovos – extra, grande, médio, pequeno e industrial.

Daí, o fato predominante no contexto da avicultura de postura é a prevalência de situação em que a sobrevivência destes produtores rurais é por demais difícil, principalmente devido à desenfreada escalada altista dos preços dos insumos em geral e, em especial, daqueles utilizados na alimentação das aves (especialmente, milho, soja), item que destaca-se com o maior percentual no custo total de produção dos ovos (acima de 70%).

O preço médio estadual da saca do milho (60 kg) no atacado, de janeiro a novembro de 2002, elevou-se 115,5%, enquanto que, no mesmo período de 2001, a elevação foi de apenas 26,5%. Se visto desde novembro do ano anterior, a alta acumulada é de 120%. O farelo de soja em igual período de 2002 elevou-se em 46%, ao passo que em 2001 o índice de aumento foi de 16,7%.

Em novembro de 2001, o preço do farelo de soja situou-se em R$ 0,52/kg, o que, diante do preço observado no mesmo mês deste ano, nos níveis de R$ 0,72/kg, resulta num significativo acréscimo de 40,4%.

Ou seja, em novembro do ano passado para a aquisição de uma saca de milho (60 kg) gastava-se 22,8 dúzias de ovos (tipo grande). Neste mês do ano corrente, são necessários 27,2 dúzias de ovos.

Neste momento do ano, o setor avícola de postura convive com alguns fatores desfavoráveis, os quais poderão determinar a queda dos preços dos ovos nos três níveis do mercado, a saber: escassez de dinheiro circulante na economia, retração da renda dos consumidores (queda do rendimento médio dos trabalhadores, crescimento do desemprego e crescimento da inflação), férias escolares, aumento do calor, retração das vendas de ovos no varejo.

Entretanto, outros fatores típicos desta fase do ano e de ordem conjunturais, podem sustentar os preços dos ovos nos níveis praticados em novembro e até possibilitar alguma elevação, quais sejam: festas de final do ano e crescimento da utilização industrial dos ovos, descartes de aves em fase de postura devido a escassez e alto preço do milho (crise), queda da produção de ovos com os aumentos de temperatura, desativação de granjas e redução do plantel de poedeiras comerciais.

Paraná – Segundo dados de 2001, o Paraná detém o terceiro maior plantel de poedeiras comerciais de ovos brancos (4,007 milhões de cabeças) e vermelhos (1,753 milhões de cabeças), seguido muito próximo por Minas Gerais (4,559 milhões e 1,232 milhões de cabeças) e muito distante de São Paulo (21,766 e 5,144 milhões de cabeças), que ocupa com destaque a primeiro posição.

O plantel brasileiro de poedeiras comerciais de ovos situa-se em torno de 63, 607 milhões de cabeças, sendo 47,133 milhões de ovos brancos e 16.474 milhões de ovos vermelhos.

Na produção de ovos (brancos e vermelhos), a posição paranaense no ranking nacional é a mesma daquela ocupada pelo plantel de aves poedeiras comerciais, ou seja, a terceira, com um percentual de 9% do total nacional. No Brasil, em 2001 foram produzidos 42.433.000 caixas de 30 dúzias, sendo 31.445.384 de ovos brancos e 10.987.616 de ovos vermelhos. No Paraná produziu-se 3.845.209 caixas de 30 dúzias, sendo 2.661.698 de ovos brancos e 1.183.209 de vermelhos.