O preço do ovo caiu nas últimas semanas. Os produtores de São Paulo consideram a variação típica da época do ano, provocada pelo aumento da oferta. Agora, eles esperam uma recuperação já que as indústrias de panificação começam a se preparar para o Natal.
Há 43 anos, a família do criador Sérgio Kakimoto escolheu a cidade para montar a granja que hoje tem um milhão de aves e produz cerca de 700 mil ovos por dia. O mês de setembro é sempre de sufoco. Em dias mais quentes, as galinhas produzem mais ovos, o que provocou excesso de produto no mercado e queda de 15% no valor de venda.
“Nessa época do ano, quando os preços baixam muito, fica bem próximo do nosso custo de produção. Então nós descartamos parte das aves mais velhas do plantel. Com esse descarte que nós estamos fazendo, nós já vamos equilibrar nossa oferta. Então, com o aumento do consumo dos ovos para a fabricação de panificados para o final do ano, nós esperamos que os preços dos ovos venham a subir nos próximos 20 dias”, diz Kakimoto.
Embora o mês de setembro não seja tão favorável para os produtores de ovos, o consumo anda em tempos de alta. Se há dez anos cada brasileiro consumia uma média de 130 ovos por ano, hoje esse número subiu para 160.
“Nos últimos tempos, nós percebemos que o consumidor descobriu um novo conceito para o ovo. É um alimento rico em proteína, faz bem para a saúde e pode ser consumido desde criança até o idoso e uma proteína de custo baixo”, diz Jair da Silva, consultor em avicultura.